Vulnerabilidade das idosas ao HIV/AIDS: despertar das políticas públicas e profissionais de saúde no contexto da atenção integral: Revisão de Literatura
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Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 14 (1), Mar 2011
Abstract
O aumento da incidência de HIV/Aids na população acima dos 50 anos cresce
como em nenhuma outra faixa etária, emergindo como desafio para o Brasil
no sentido do estabelecimento de políticas públicas e estratégias que garantam
o alcance das medidas preventivas e a melhoria da qualidade de vida dessas
pessoas. O objetivo deste estudo é abordar os motivos para esse aumento,
apontados conforme revisão não sistemática da literatura no período de 1999 a
2009. As buscas ocorreram nas bases de dados LILACS, MEDLINE, SciELO e
PubMed, publicações institucionais do Ministério da Saúde, Organização
Mundial de Saúde e Organização Panamericana de Saúde. A vulnerabilidade
de idosos ao HIV/Aids tem sido relacionada a fatores como invisibilidade do
sexo na velhice; desmistificação em curso da sexualidade na terceira idade,
associada à ampliação do acesso a medicamentos para distúrbios eréteis e à
participação de idosos em grupos de convivência; pequena adesão de homens
idosos aos preservativos masculinos; e retardamento de políticas de prevenção
direcionadas a este grupo etário. A abordagem integral contribui para o
entendimento do processo de adoecimento, especialmente naquele indivíduo
com o vírus HIV, que vivencia preconceitos, estigmas e discriminação,
desafiando as estratégias de prevenção de novas infecções e ações de assistência
à saúde mais apropriadas. É necessário que os profissionais de saúde percebam
os idosos como vulneráveis ao risco de infecção pelo vírus HIV e que suas
particularidades sejam contempladas nas ações preventivas e assistenciais no
contexto da atenção integral à saúde do idoso.