Diferença do volume presente e requerido de solução para manutenção do cateter venoso central totalmente implantado e fatores associados
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Universidade Federal Fluminense, 2013.
Abstract
A incidência do câncer cresce no Brasil e no mundo, devido, entre outros
fatores, ao aumento da expectativa de vida. A maioria dos tratamentos medicamentosos
indicados para os diversos tipos de doenças neoplásicas são feitos por via endovenosa. Para
o tempo longo do tratamento, as irritabilidades endoteliais e os danos causados em caso de
extravasamento para a região subcutânea, geralmente, é indicada a implantação de
cateteres venosos centrais. Estes necessitam ser mantidos pérvios e geralmente usa-se
solução fisiológica a 0,9 % com heparina (solução heparinizada) para isto. Observa-se que,
na prática diária das instituições que manipulam tais dispositivos, há uma discrepância no
que tange ao volume de líquidos a serem introduzidos no interior destes. Assim, este
estudo foi norteado pelo seguinte questionamento: qual a quantidade de solução adequada
para manutenção do Cateter Venoso Central Totalmente Implantado, tendo em vista as
especificidades do cateter e do usuário? Objetivos: verificar a diferença do volume que se
usa e o que deveria ser usado para a manutenção desse cateter e que fatores estão
associados a essa diferença. Metodologia: pesquisa com abordagem quantitativa descritiva
realizada na Unidade I do Instituto Nacional do Câncer, sendo acompanhadas 69
implantações, realizadas por 5 cirurgiões. Para coleta de dados, utilizou-se formulário para
levantamento das características do cateter; aplicação de formulário para identificação de
dados referentes ao usuário, cirurgião e o procedimento propriamente dito; e formulário de
observação não participante. Para os dados referentes à caracterização dos cateteres,
elaborou-se uma tabela com tamanhos e respectivos volumes de prime; para o formulário
aplicado aos cirurgiões foram elaboradas planilhas com dados para favorecer a análise
estatística juntamente com os dados da observação a não participantes e aplicou-se o teste
não paramétrico U de Mann Whitney. Resultados: foram encontradas variações entre
0,285 ml a 1,00 ml de volume necessário para o preenchimento do mesmo. A diferença
média de volume em mililitros que se usa e que deveriam ser usados foi de cerca de 0,7 ml,
tanto para pacientes infantis, quanto para adultos. Conclusão: a quantidade de solução
adequada para a manutenção do cateter variou de acordo com o biótipo do usuário e as
características dos cateteres, entre outros. Elaboraram-se tabelas com os volumes
necessários para preenchimento dos cateteres, levando em consideração os tamanhos e
diâmetros dos mesmos.