Financeirização da saúde e as políticas de rastreio do câncer do colo do útero

Abstract

sexualmente transmissível (IST) de maior frequência em todo o mundo. O vírus é o principal causador do câncer de colo do útero, sendo este o terceiro que mais mata mulheres no país. Porém, ao norte, ocupa o primeiro lugar. Esses dados apontam uma carência em relação à prevenção do vírus nesta região. Objetivo: Analisar a crescente financeirização da saúde e sua relação com as políticas públicas de rastreio do câncer do colo do útero. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa e qualitativa com base em 09 (nove) artigos, 02 (dois) livros e 01 (um) relatório de recomendação encontrados em nove bases de dados, sendo elas: Ministério da Saúde, Inca, Acervo Saúde, Datasus, SciElo, The Lancet, PubMed e BMC. Resultados e Discussão: Ao analisar as fontes é perceptível o acúmulo de capital na saúde, em especial no setor de seguros; Também foi possível realizar o levantamento de cobertura do programa de rastreio do câncer do colo do útero e verificou-se ainda uma considerável desigualdade sendo as regiões Norte e Nordeste as mais carentes; Ao analisar o programa de recomendação do teste molecular, percebemos que a citologia convencional é extremamente mais barata e mesmo assim não abrange todo o país, sendo relevante sua manutenção como teste concomitante ou até mesmo substituto para as regiões de maior carência de atenção. Considerações finais: Diante de um cenário como esse, medidas de fomento a prevenção devem ser planejadas e executadas apenas com o intuito de agregar maior potencial de rastreio sem excluir a opção dos testes convencionais.