Informe INCA 238

Abstract

Em fevereiro, junto aos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, coordenamos a organização de um encontro na sede da Organização Pan-Americana de Saúde, que discutiu alternativas à produção de fumo no mundo. A reunião contou com representantes de diversos países e faz parte do tratado internacional de saúde pública para controlar o uso do tabaco: a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. Discutir as estratégias para diminuir o tabagismo é importante, já que o tabaco está associado ao surgimento de mais de 50 doenças. Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer estão ligadas ao fumo. Além disso, hoje, 18,8% da população brasileira com mais de 15 anos é fumante. Estes são dados preocupantes para a sociedade. O Brasil tem um programa para controlar o tabagismo no país. Coordenado pelo INCA por meio da Conprev, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo conseguiu, com ações estratégicas coordenadas, reduzir a prevalência de fumantes em 40% nos últimos 15 anos. O programa brasileiro, assim como o do Canadá e da Inglaterra, é eficiente e serve de modelo para os demais países. Somente nos últimos oito meses, o governo investiu mais de U$ 5 milhões em pesquisas para buscar alternativas à produção do fumo. Avanços como este contribuem para atingirmos nosso objetivo maior: a redução da incidência e mortalidade por câncer no Brasil.