Informe INCA 203

Abstract

Empenhados no esforço de ultrapassar os objetivos de eficiência e alcançar a riqueza de relações humanizadas com os nossos pacientes, precisamos conversar sobre o sofrimento, nosso e deles, no dia-a-dia da vida institucional. Para atender esta necessidade é que a Direção Geral, através da Coordenação de Assistência - avalizando recomendação do Grupo de Trabalho de Humanização do INCA e da consultoria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) - está organizando a oficina de trabalho Como comunicar situações difíceis no tratamento. A finalidade do evento é refletir sobre as questões inerentes à relação médico-paciente, particularmente naquelas situações em que há necessidade de se comunicarem más notícias e lidar com as reações que elas provocam. Há, primeiramente, uma relação de direitos do paciente que precisa ser conhecida e resguardada: direito ao tratamento de boa qualidade; direito à informação em linguagem adequada; à autodeterminação e ao consentimento informado; a assumir a responsabilidade pela recusa de procedimentos terapêuticos propostos; à inclusão do familiar na tomada de decisões; à confidencialidade; a ter respeitadas suas crenças e valores; à garantia de critérios de beneficência e de não maleficência na ponderação de riscos e benefícios envolvidos no tratamento. Mas há mais do que isso no cuidado ao paciente com câncer: uma pesada responsabilidade em jogo, uma tarefa tão difícil que às vezes é sentida como próxima demais dos limites das possibilidades humanas, dos limites do cuidador. A proposta da oficina é debater os aspectos da prática clínica que afetam diretamente os médicos. E, dessa forma, que influenciam também na qualidade do atendimento ao paciente. Por isso, a participação da equipe médica e o apoio de todos os funcionários é fundamental. Luiz Antonio Santini Diretor Geral do INCA

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