Informe INCA 132
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Abstract
A dor crônica acomete uma
parcela considerável da
população mundial. A maioria
dos pacientes oncológicos que
se encontram fora de
possibilidades terapêuticas
antitumorais faz parte deste
grupo, sentindo dor
moderada ou intensa. Nós,
profissionais, que lidamos
com eles diariamente,
somos testemunhas de
seu sofrimento.
Na área de cuidados
paliativos, em câncer
sabemos que a
disponibilidade de
opiáceos para o
controle da dor é
imprescindível.
Mas, apesar da
existência de um
tratado
internacional que
regulamenta o
seu uso,
constata-se que
há subutilização
destas substâncias
analgésicas,
mundialmente.
Segundo a
Organização Mundial
da Saúde, mais de
50% dos pacientes que
sentem dor de longa
duração não recebem
tratamento adequado para
o seu alívio.
No Brasil, também alguns
fatores inibem a prescrição dos
opiáceos, entre eles, o mito de
que esses medicamentos levam à
dependência, e limitações na própria
legislação, estas até bem recentemente.
Em julho, os pacientes com dor
persistente obtiveram uma conquista sem
precedentes: o Ministério da Saúde
instituiu uma consulta pública que garante
o uso de opiáceos para o alívio da dor
crônica, no âmbito do SUS. E mais: criou,
através de uma portaria, os Centros de
Referência em Tratamento da Dor Crônica.
Cumpre-se, com isso, o dever de assegurar a
essas pessoas também o direito ao bem-estar
físico e psicológico.