Biópsia do linfonodo sentinela após quimioterapia neoadjuvante em mulheres com câncer de mama: perfil clínico e prognóstico
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Este projeto tem como objetivo geral avaliar a frequência da biópsia do linfonodo sentinela
(BLS) e o impacto no prognóstico de mulheres submetidas à quimioterapia neoadjuvante no
tratamento do câncer de mama. Foi realizado um estudo observacional de coorte retrospectiva
em mulheres com diagnóstico de câncer de mama, matriculadas no Hospital do Câncer III do
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCIII/INCA), no período de
janeiro de 2013 a dezembro de 2015. Foram incluídas aquelas sem indicação primária de
cirurgia, submetidas à quimioterapia neoadjuvante. As mulheres elegíveis foram
acompanhadas até 28 de fevereiro de 2019. Os dados foram coletados nos prontuários físico e
eletrônicos, por meio de um instrumento confeccionado para este fim. Reuniram-se as
seguintes variáveis: sociodemográficas, clínicas, tumorais, do tratamento oncológico e
prognósticas. Foi realizada análise descritiva da população do estudo. Para avaliar a validade
entre as abordagens axilares (BLS e LA), foi analisada a concordância simples, a
sensibilidade a especificidade e o valor preditivo negativo. A avaliação entre os desfechos
categóricos e as variáveis independentes foi realizada pela regressão logística univariada e
múltipla. Para a avaliação exploratória de sobrevida, foi efetuado o método de Kaplan-Meier.
E o modelo de regressão de Cox pelo método Stepwise Forward. Este estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA em 10 de dezembro de 2012 (CAAE:
06794512.3.00005274). No período do estudo, foram elegíveis 910 mulheres, com média de
idade de 51,58 anos (DP 11,46). O estádio clínico III foi o mais frequente (53,5%) e a maioria
foi classificada nos subtipos luminal A (17,8%) e luminal B (52,2%). A BLS foi realizada em
266 mulheres e, destas, 105 foram seguidas de linfadenectomia axilar. Até a última coleta de
dados, as mulheres tinham acompanhamento mediano de 44 meses (7 a 72). Nesse período,
28,2% delas tiveram evolução de doença, sendo a maioria a distância (77,2%). O tempo
médio de sobrevida livre de doença foi de 48,9 meses (IC 95% 47,4 a 50,5) sendo maior entre
as mulheres submetidas à BLS (p<0,001). O óbito ocorreu em 18,2% das pacientes, em sua
grande maioria, em decorrência do câncer. O tempo médio de sobrevida global foi de 63,1
meses (IC 95% 61,8-64,3), sendo maior entre as mulheres submetidas à BLS (p<0,001).
Description
108 p.: il. p&b.
Citation
BELLO, Marcelo Adeodato. Biópsia do linfonodo sentinela após quimioterapia neoadjuvante em mulheres com câncer de mama: perfil clínico e prognóstico. 2020. Tese (Doutorado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2020.