Os impactos da revisão de patologia em pacientes com diagnóstico de câncer de mama.

Abstract

A carga global de câncer deverá ser de 28,4 milhões de casos em 2040. Estima-se que os países em desenvolvimento serão responsáveis por ⅔ dos casos de câncer diagnosticados no mundo até 2035. A mortalidade por câncer de mama é significativamente maior nos países em desenvolvimento. Logo, a otimização da capacidade de prevenção e de tratamento do câncer nos países em desenvolvimento é fundamental para o controle global do câncer. A agilidade e a acurácia do diagnóstico histopatológico são críticas ao cuidado de alta qualidade dos pacientes com câncer de mama, no entanto, a obtenção de uma revisão histopatológica com eficiência ainda constitui um desafio a esses países devido à escassez de recursos. A prática institucional do Instituto Nacional de Câncer exige a revisão do material histopatológico no laboratório central, um protocolo que preza pela segurança e qualidade do cuidado oferecido, mas que certamente contribui para prolongar o tempo até o início do tratamento. A literatura demonstra que o atraso no tempo para início de cirurgia, quimioterapia e radioterapia tem impactos negativos nos desfechos oncológicos. Estudos anteriores divergem quanto à necessidade de revisão rotineira de patologia em pacientes com câncer de mama. Neste estudo, foi realizada uma comparação entre os resultados histopatológicos de pacientes que se submeteram a biópsias mamárias em um laboratório externo e as revisões patológicas feitas no Instituto Nacional do Câncer. Descrevemos a taxa de discordância e estimamos a alteração na conduta terapêutica baseada nesses resultados. A análise minuciosa dos dados sugere uma taxa de discordância muito baixa e a possibilidade de dispensar a revisão histopatológica, o que pode reduzir o tempo até o início do tratamento na instituição e, por consequência, melhorar o prognóstico dos pacientes

Description

33 f:: il.

Citation

PIRES, Ana Carolina Teixeira. Os impactos da revisão de patologia em pacientes com diagnóstico de câncer de mama. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Médica em Oncologia) — Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, 2024.

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