Crise hipertensiva: características clínicas de pacientes com urgência, emergência e pseudocrise hipertensivas em um serviço público de emergência
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einstein
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Objetivo: Avaliar pacientes com crise hipertensiva, classificada em urgência, emergência ou
pseudocrise, e identificar variáveis associadas. Métodos: Foram avaliados 508 pacientes (57%
mulheres; 56,3±13,8 anos) com crise hipertensiva (pressão diastólica de 120mmHg), idade maior
ou igual a 18 anos, atendidos em um serviço de emergência de um hospital geral público. A crise
hipertensiva foi classificada em urgência, emergência ou pseudocrise. Resultados: A prevalência da crise hipertensiva foi 6/1.000, com 71,7% com urgência hipertensiva, 19,1% com emergência hipertensiva e 9,2% com pseudocrise hipertensiva. Na análise de regressão logística multinomial, as condições de pseudocrise e urgência foram comparadas com a emergência hipertensiva. Assim, presença de dor (OR: 55,58; IC95%: 10,55-292,74), exceto precordialgia e cefaleia, e problemas emocionais (OR: 17,13; IC95%: 2,80-104,87) elevaram a chance para pseudocrise
hipertensiva. Idade acima de 60 anos (OR: 0,32; IC95%: 0,10-0,96) e problemas neurológicos
(OR: 1,5.10-8; IC95%: 1,5.10-8-1,5.10-8) foram protetores para pseudocrise hipertensiva. A urgência hipertensiva comparada com emergência hipertensiva mostrou que idade acima de
60 anos (OR: 0,50; IC95%: 0,27-0,92), problemas neurológicos (OR: 0,09; IC95%: 0,04-0,18) e
emocionais (OR: 0,06; IC95%: 4,7.10-3-0,79) foram protetores para urgência hipertensiva, e apenas
cefaleia (OR: 14,28; IC95%: 3,32-61,47) elevou a chance para urgência hipertensiva. Conclusão: Idade mais elevada e problemas neurológicos se associaram à emergência hipertensiva. Cefaleia associou-se à urgência hipertensiva. Dor e problemas emocionais se associaram à pseudocrise hipertensiva. Nossos resultados podem contribuir para aprimorar a identificação de pacientes com crise hipertensiva que procuram serviços de emergência.
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(São Paulo). 2019;17(4):1-8