Diagnóstico da infecção por HPV

Abstract

Câncer cervical é causado pelo Papilomavírus Humano (HPV), é uma das neoplasias mais comuns no mundo, é a segunda que mais importante entre as mulheres. No Brasil, o carcinoma de colo uterino ocupa o terceiro lugar no ranking de incidência com 16.370 novos casos, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) para o biênio 2018-2019, ficando responsável por 5.847 mortes no nosso país em 2016. Contudo esta é uma neoplasia prevenível, causada pelo HPV, e as formas de rastreamento dessa doença em fases iniciais, as quais se forem tratadas, tem grande chance de cura. O objetivo deste estudo é revisar os métodos de diagnóstico do HPV. Foi feita a revisão bibliográfica de literatura. A identificação direta de DNA ou RNA do HPV é a técnica mais indicada para detectar o vírus em amostras citológicas ou histológicas. Por ser bastante sensível, o uso desses métodos na detecção dos vírus de alto grau pode diminuir significativamente o número de pacientes com resultado falso-negativo ou indeterminado na citologia e serve ainda como marcador de cura pós-tratamento. Os testes moleculares para o HPV têm sido indicados como um instrumento de rastreio, com diversas vantagens. A detecção da infecção em estágio inicial, especialmente nas mulheres com HPV de alto risco carcinogênico, alerta para um acompanhamento mais frequente da clínica da paciente ou para o tratamento das lesões iniciais. Todas as técnicas mencionadas são apropriadas ao diagnóstico do HPV em pesquisa ou clinicamente. As técnicas de – Reação em Cadeia da Polimerase e Southern Blot são as mais sensíveis, Dot Blot e Captura Híbrida são aprovadas pela FDA.