Informe INCA 146
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INCA
Abstract
O tabagismo tem gerado sérias
consequências para a população
mundial. Os números são
assustadores: 4,9 milhões de
mortes por ano. Deste total, 200
mil ocorrem no Brasil por
doenças tabaco-relacionadas.
Estudos mostram que em
países em desenvolvimento,
que possuem uma extensa
faixa populacional com baixa
renda, esta epidemia
alastra-se em largas
dimensões. São altos os
custos do poder público
com tratamento e
recuperação de
pessoas com câncer,
doenças
cardiovasculares,
entre outras
causadas pelo
tabagismo.
Em vista desta
realidade, o INCA
tem coordenado o
Programa Nacional
de Controle do
Tabagismo, como
órgão assessor do
Ministério da Saúde.
Diversas ações para
a prevenção, para a
defesa de crianças e
adolescentes expostos
à publicidade da
indústria do tabaco,
enfim, para reduzir o
número de óbitos
causados pelo fumo, têm
sido implementadas. Temos
obtido substanciais conquistas
nas áreas legislativa, econômica,
assistencial e educativa.
Mas ainda há muito o que avançar.
Temos de ultrapassar barreiras como
o fácil acesso aos pontos de venda de
cigarro, os baixos preços - o Brasil é o
sexto país com cigarro mais barato no
mundo -, a publicidade e o lobby da
indústria do tabaco e a aceitação social do
produto, entre outras.
Nossa grande aliada é a mobilização. Devemos
somar esforços com governos, fazer parcerias
com a sociedade civil, de forma que a informação
chegue ao maior número de pessoas. A Oficina de
capacitação para o desenvolvimento de programas
nacionais de controle de tabagismo em países
lusófonos, realizada no Rio de Janeiro, em abril,
com a organização da OMS e liderança do INCA, é
um de nossos trunfos. Seus participantes atuarão
como multiplicadores regionais, envolvendo
diversas esferas do poder e da sociedade nesta
luta pela saúde pública mundial.