Informe INCA 200
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Abstract
As estimativas de incidência de câncer no Brasil apontam que até o final de 2005 deverão surgir 467 mil casos da doença. Esse número é maior do que o de pessoas infectadas pelo vírus da Aids nos últimos 24 anos, por exemplo. Os dados mostram, portanto, que o câncer é um problema de grande magnitude, mas ainda de pouca visibilidade. Apesar da aplicação substancial de recursos pelo Governo na área de saúde, que de 1999 a 2003 aumentou em 23%, os resultados alcançados no país para o controle e prevenção do câncer estão longe do ideal. É inaceitável, por exemplo, que o câncer de colo de útero, prevenível,
tratável e curável, seja o segundo câncer de maior incidência e a terceira causa de morte em mulheres no
Brasil. O fato é que atuamos numa fase tardia da doença e gastamos muito com diagnóstico e tratamento.
Precisamos avançar. Temos de detectar o câncer mais precocemente, mudar o foco principal da atividade oncológica, de forma a reduzir a incidência e mortalidade por câncer no país. Para alcançar essa meta, é fundamental o envolvimento de toda a sociedade nas ações de promoção, prevenção e controle da doença, por meio da implementação da Rede de Atenção Oncológica. Afinal, os principais desafios do combate ao câncer no Brasil estão nos campos das políticas de saúde, conhecimento, ações e serviços de
saúde e da mobilização social. A iniciativa do Ministério da Saúde em vincular o INCA diretamente ao seu gabinete, medida anunciada em minha posse, é um importante passo para que o instituto possa consolidar sua missão de desenvolver ações nacionais integradas para prevenção e controle do câncer no país. Luiz Antonio Santini Diretor Geral do INCA