Rede Câncer 51
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INCA
Abstract
O Brasil registrou uma queda acentuada da cobertura vacinal entre 2016 e 2022, o que pode ter afetado a proteção contra o HPV (papilomavírus humano),
diretamente relacionado com diversos tipos de câncer.
“Pode” porque a imunização contra o HPV se dá com
duas doses, aplicadas com seis meses de intervalo
entre elas, e o registro não é feito por determinado período de tempo, mas desde que a vacina foi introduzida no Programa Nacional de Imunizações, em 2014.
Por isso, a comparação num recorte temporal não é
possível. Mas o que levou parte significativa da população a evitar as vacinas no País que era exemplo dessa
prática? No seu retorno editorial, a REDE CÂNCER investiga o problema e ouve pesquisadores em Saúde e
em Comunicação Social para identificar como as fake
news contribuíram para o retrocesso na cobertura vacinal e como o Ministério da Saúde (MS) enfrenta o
desafio. Saiba mais em Capa.
Aliás, à frente do MS está a socióloga Nísia
Trindade, oriunda da Fiocruz e um dos nomes mais
festejados na composição do novo governo por sua
aderência técnica à gestão em Saúde. Em entrevista
exclusiva à REDE CÂNCER, ela explica como o ministério encara o problema do câncer e por que o INCA
voltará a ter papel central nas ações e na política de
controle da doença. Leia mais em Entrevista.
E neste momento de retomada e revalorização
da ciência no País, as pesquisas oriundas de instituições públicas ganham novo relevo. Um exemplo é o
de um medicamento desenvolvido integralmente por
pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas que mostra bons resultados no tratamento de
pacientes que tinham indicação para a retirada da bexiga em função do câncer. Em dois anos, o ensaio clínico revelou que o procedimento evitou o retorno do
tumor em 72,7%. A boa notícia está em Assistência.
Ainda em relação à importância da pesquisa pública, a Universidade de São Paulo, o Instituto Butantan
e o Hemocentro de Ribeirão Preto levam adiante a terapia, em caráter experimental, que reprograma células
de defesa do paciente para controlar o câncer. Trata-se
da terapia CAR-T, que, no Brasil, é uma iniciativa pioneira, uma vez que a técnica era oferecida apenas fora
do País. Ciência esclarece como ela funciona.
Todas essas iniciativas são ainda mais importantes
quando se considera o câncer como um todo: o INCA
prevê 704 mil novos casos da doença a cada ano do
triênio 2023-2025. Os números estão expostos na publicação Estimativa de Câncer no Brasil, editada desde
1995 e que é a principal ferramenta de planejamento e
gestão na área oncológica no País. Nesta última edição,
esmiuçada em Epidemiologia, mais dois tipos de câncer
foram incluídos: o de pâncreas e o de fígado.
Planejamento e gestão também são importantes
para avaliar a oportunidade de políticas que contemplem
casos como o da ex-fisiculturista Sol Meneghini, que descobriu um tumor maligno no fígado quando estava grávida de gêmeos. Teriam sido os hormônios oxandrolona
e stanozolol (o Conselho Federal de Medicina proibiu a
prescrição por médicos de esteroides androgênicos e
anabolizantes com fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo), que ela tomava moderadamente, um caso fortuito ou o câncer era
genético (herdado)? Entretanto, outros fatores parecem
ter sido mais relevantes para a mudança de rumo na vida
da ex-atleta, como relatado em Personagem.
Description
44 p.: il. color. Trimestral.
Keywords
Epidemiologia, Epidemiology, Epidemiología, Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Health Sciences, Technology, and Innovation Management, Gestión de Ciencia, Tecnología e Innovación en Salud, Assistência Farmacêutica, Pharmaceutical Services, Servicios Farmacéuticos, Ansiedade/prevenção & controle, Anxiety/prevention & control, Ansiedad/prevención & control, Neoplasias do Colo do Útero, Uterine Cervical Neoplasms, Neoplasias del Cuello Uterino
Citation
REDE CÂNCER. Rio de Janeiro: INCA, v. 51, jul. 2023.