Fatores associados à radiodensidade do músculo esquelético em mulheres com câncer de endométrio
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Base teórica e objetivo: A infiltração de gordura no músculo esquelético (ME),
identificada pela baixa radiodensidade deste tecido, está associada a diferentes
condições clínicas e piores desfechos em oncologia. No entanto, as características
clinico-patológicas e sociodemográficas que alteram a radiodensidade do ME (RME)
nos pacientes com câncer ainda são pouco conhecidas. Diante disso, o objetivo do
presente estudo foi determinar os fatores associados ao ME de baixa e alta
radiodensidade em mulheres com câncer de endométrio sem tratamento oncológico
prévio. Métodos: Pacientes com tomografia computadorizada (TC) na altura da
terceira vértebra lombar, foram avaliadas (n=545). As imagens de TC foram
utilizadas para análise do ME total, de alta e baixa radiodensidade, média de RME e
o tecido adiposo visceral, subcutâneo e intramuscular. Os parâmetros foram
apresentados em média e nos percentis 5, 50 e 95 de distribuição. Foi testada a
correlação destes com idade, índice de massa corporal (IMC) e estadiamento e
posteriormente a realizada a análise de regressão múltipla. Foi realizada a
regressão linear simples, seguida da múltipla, gerando dois modelos múltiplos para o
IMEBR e quatro modelos para o IMEAR. O p-valor menor que 0,05 foi considerado
estatisticamente significativo. Resultados: Todos os parâmetros de composição
corporal se correlacionaram significativamente com idade e IMC, exceto índice de
gordura subcutânea. O índice de músculo esquelético (IME) aumentou conforme
aumento dos estratos de IMC, provavelmente em função do IMEBR, uma vez que o
IMEAR não sofreu alterações pelo IMC. O IMC apresentou o maior poder explicativo
para os parâmetros de gordura corporal, IME e IMEBR; ao passo que a idade
explicou melhor o IMEAR e média de RME. As variáveis que se associaram ao
IMEBR foram: índices de adiposidade, IMC, idade e hiperglicemia. Enquanto ao
IMEAR estiveram associados o índice de tecido adiposo intramuscular, idade,
subtipo não endometrióide, hiperglicemia e IMC. No modelo que incluiu as variáveis
inflamatórias, albumina sérica e razão neutrófilo linfócito se associaram ao IMEAR.
Enquanto no modelo estratificado por estadiamento avançado, o subtipo histológico
e a hiperglicemia se associam ao IMEAR. Conclusão: Estes resultados poderão
subsidiar a interpretação dos parâmetros de composição corporal em indivíduos de
diferentes idades e faixas de IMC e ampliar os conhecimentos sobre os fatores
associados a alteração da RME, permitindo estratificar os pacientes em grupos de
riscos e traças estratégias multimodais para melhorar o prognóstico dos pacientes
com câncer.
Description
110 p.: il. p&b.
Keywords
Tomografia Computadorizada por Raios X, Tomography, X-Ray Computed, Tomografía Computarizada por Rayos X, Composição Corporal, Body Composition, Composición Corporal, Obesidade, Obesity, Obesidad, Adiposidade, Adiposity, Adiposidad, Neoplasias do Endométrio, Endometrial Neoplasms, Neoplasias Endometriales
Citation
PAULA, Nathália Silva de. Fatores associados à radiodensidade do músculo esquelético em mulheres com câncer de endométrio. 2019. Dissertação (Mestrado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2019.