Impacto do uso intraoperatório de anti-inflamatórios não esteroidais na recorrência e sobrevida de pacientes com diagnóstico de melanoma maligno submetidos a biópsia de linfonodo sentinela
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O melanoma é uma forma agressiva de câncer de pele. A biópsia do linfonodo sentinela é um
procedimento de estadiamento padrão no melanoma localizado de alto risco. O uso de
medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINES) perioperatórios tem sido associado à
melhora nos resultados oncológicos a longo prazo em outros tipos de tumores. O objetivo do
estudo foi investigar se havia uma associação entre o uso intra-operatório de AINES e a
recorrência ou sobrevida. Foi selecionada uma coorte retrospectiva de um único centro,
incluindo pacientes submetidos à biópsia de linfonodo sentinela entre março de 2000 e janeiro
de 2012. Os desfechos primários foram tempo até a falha ao tratamento e sobrevida melanoma
específica. Sobrevida livre de doença e sobrevida global foram os desfechos secundários. Dos
544 pacientes submetidos à biópsia de linfonodo sentinela neste período, 516 foram incluídos
na análise. AINES foram utilizados em 307 pacientes. A duração mediana (IQR) de
acompanhamento foi de 72 meses (35-112) e a sobrevida melanoma específica em 10 anos foi
de 63,2% (IC 95% 58,4%-68,4%). Os grupos de estudo não alcançaram diferença
estatisticamente significante em tempo para falha ao tratamento (p = 0,660), sobrevida
melanoma específica (p = 0,485), sobrevida livre de doença (p = 0,671) e sobrevida global (p
= 0,522) no teste de log rank. O modelo de regressão múltipla de riscos proporcionais de Cox
confirmou os resultados não ajustados. O presente estudo não avaliza o uso de AINES
intraoperatórios na prevenção de morte ou recorrência em pacientes com melanoma.
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Citation
ARAUJO, Bruno Luis de Castro. Impacto do uso intraoperatório de anti-inflamatórios não esteroidais na recorrência e sobrevida de pacientes com diagnóstico de melanoma maligno submetidos a biópsia de linfonodo sentinela. 2020. Dissertação (Mestrado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2020.