Orçamento Público em Saúde: uma análise de gastos da morbidade hospitalar do SUS com câncer cervical

Abstract

Introdução: O câncer é um problema de saúde mundial, considerado uma das principais causas de morte prematura no mundo todo. O câncer do colo do útero é um dos cânceres mais comuns em mulheres, afetando ainda mais a população dos países em desenvolvimento. No Brasil, é o terceiro mais incidente na população feminina e a estimativa é que no triênio 2023 a 2025 surjam 15,3 novos casos a cada 100 mil mulheres, por ano. A baixa adesão aos exames de rastreio, atrasos no diagnóstico e ausência de tratamento precoce, faz com que a descoberta tardia da doença tenha como consequência um aumento dos gastos públicos com a morbidade hospitalar necessária. Objetivo: Analisar os gastos com a morbidade hospitalar no sistema público de saúde com o câncer cervical, entre as regiões do Brasil. Metodologia: Esta pesquisa é uma revisão bibliográfica narrativa, de caráter descritivo, exploratório e quantitativo, onde os dados que subsidiaram esta pesquisa, foram coletados na base de dados secundária, disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2013 a 2022. Resultados: Ao analisar os dados entre as regiões brasileiras, observou-se que a Região Sudeste é a mais onerosa, e a que mais realizou internamentos por câncer cervical. No Brasil, dos 275.075 internamentos na rede pública de saúde, 40% são pertencentes à Região Sudeste. Quanto à taxa de mortalidade, a Região Norte lidera, apresentando um percentual de 13,84; na Região Nordeste a taxa é de 9,83; no Centro-oeste 9,29; no Sudeste 9,27 e no Sul 6,15. Outro dado importante é que a Região Norte tem a maior taxa de mortalidade e menor número de exames realizados. Considerações finais: Ao examinar despesas, incidência e mortalidade, a pesquisa identificou a necessidade de aprimorar a alocação de recursos para enfrentar o desafio do câncer cervical. O câncer do colo do útero pode ser amplamente tratado, e por vezes, evitado, através de exames de rastreio, mudança de hábitos e conscientização popular. A consequente adoção dessas medidas, leva à detecção e tratamento precoces, reduzindo assim, os gastos públicos com saúde.