Avaliação da quantidade e da radiodensidade do músculo esquelético obtidos por tomografia computadorizada como preditores de sobrevida global em dois subtipos histológicos de câncer de endométrio

Abstract

Introdução: O câncer de endométrio (CE) é o sétimo câncer mais comum entre mulheres, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico mais frequente. Dentre os fatores prognósticos observa-se a idade, tipo histológico, o estadiamento e atualmente alterações no músculo esquelético (ME), estão associados à piores desfechos clínicos em oncologia. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o valor prognóstico da miopenia e da baixa média de Radiodensidade do Músculo Esquelético (RME), avaliados pela tomografia computadorizada (TC), na sobrevida global de pacientes com dois subtipos de CE. Métodos: O estudo retrospectivo incluiu pacientes com CE matriculadas entre 2008 e 2017, divididas em adenocarcinoma e sarcoma. Foram analisados dados clínicos, antropométricos e de composição corporal por TC, destacando Índice Músculo Esquelético (IME), RME e Índice Músculo Esquelético de Alta Radiodensidade (IMEAR). Análises estatísticas, incluindo testes de sobrevivência, foram conduzidas para explorar as relações entre esses parâmetros. Resultados: Foram analisadas 156 pacientes (adenocarcinoma=79, sarcoma=77). Pacientes com adenocarcinoma exibiram maior IMEAR em comparação com sarcoma. O estudo revelou que baixa média de RME e IMEAR estão associadas a piores desfechos em pacientes com CE. A sobrevida em cinco anos foi menor para ambos os grupos em pacientes com baixa média de RME e IMEAR. O sarcoma apresentou maior grau de diferenciação e estadiamento avançado. Conclusão: A pesquisa fornece uma análise da relação entre composição muscular e desfechos em CE. Baixa média de RME e IMEAR mostraram-se como melhores preditores do que o IME. A associação entre diagnósticos tardios, estadiamento avançado e piores desfechos destaca a necessidade de estratégias de diagnóstico eficazes.