Cuidados paliativos: Por que precisamos falar sobre isso?

Abstract

A expressiva prevalência das doenças crônicas não transmissíveis, resultante da transição epidemiológica e demográfica, é a causa principal da incapacidade de uma parcela importante da população mundial1 . A expectativa para 2030 é de que haja mais de um bilhão de idosos no mundo, com aumento mais acentuado desse grupo etário nos países em desenvolvimento. Por conseguinte, as doenças crônicas não transmissíveis representarão mais de 3/4 de todas as mortes, com destaque para as doenças cardiovasculares e oncológicas, aumentando a demanda por Cuidados Paliativos2,3. No entanto, essa demanda não é suficientemente suprida e inúmeras barreiras (política; de disponibilidade e acesso a medicamentos opioides; de implementação de serviços que ofereçam esse tipo cuidado; e a necessidade de educar a sociedade, técnica e leiga, a respeito dessa temática) precisam ser superadas, corroborando que, de fato, os Cuidados Paliativos possam ser prestados aos indivíduos como um direito humano legítimo, de acordo com os princípios da Cobertura Universal da Saúde4