Risco de resultado falso positivo no rastreamento mamográfico do Brasil
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Caderno de Saúde Pública
Abstract
Resultados falsos positivos na mamografia de rastreamento são comuns a essa
intervenção e trazem ônus para as mulheres e o sistema de saúde. O objetivo
deste estudo foi estimar o risco de resultado falso positivo no rastreamento ma mográfico brasileiro com base em dados de sistemas de informação do Sistema
Único de Saúde (SUS). Foi realizado estudo de coorte histórica de mulheres
de 40-69 anos, que realizaram mamografia de rastreamento e exame histo patológico de mama no SUS, nos anos de 2017 a 2019. A taxa de resultados
falsos positivos foi estimada a partir da prevalência de resultados BI-RADS
alterados na mamografia de rastreamento e da proporção de resultados be nignos no exame histopatológico de mama. Das 10.671 mulheres com exame
histopatológico no SUS, 46,2% apresentaram resultado benigno, sendo essa
proporção significativamente maior em mulheres de 40-49 anos comparada
à de mulheres de 50-69 anos. A estimativa de resultados falsos positivos foi de
8,18 casos por 100 mulheres na faixa etária de 40-49 anos, e de 6,06 por 100
mulheres na faixa de 50-69 anos. Essas informações são úteis aos gestores na
avaliação de programas de rastreamento do câncer de mama, assim como aos
profissionais de saúde, para que orientem a mulher sobre as implicações do
rastreamento mamográfico.