Método pilates: um estudo sobre a influência dos exercícios na força muscular de mulheres
Loading...
Date
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Fiep Bulletin
Abstract
O método Pilates se apresenta, mundialmente, como uma prática de atividade física
global sem impacto, diferenciada de outras modalidades, a partir da execução consciente de
exercícios em aparelhos específicos e/ou solo (GALLAGHER, 1999; GAGNON, 2005). Vem
sendo amplamente praticado, com a proposta de incrementar a força muscular e outras
valências físicas, assim como, promover saúde e qualidade de vida (MUSCOLINO, 2004b;
APARÍCIO, 2005; PIRES, 2005).
A técnica desenvolvida pelo alemão Joseph H. Pilates, em 1920, também conhecida
como “Arte do Controle” ou “Contrologia”, inclui mais de quinhentos tipos de exercícios a serem
realizados a partir dos princípios de concentração, respiração, centragem, controle motor e
precisão (PILATES, 1945, 2000; LATEY, 2001; JAGO, 2006; JOHNSON, 2007).
Os exercícios de Pilates estão indicados para grande maioria dos indivíduos saudáveis e
em presença de disfunções e lesões, atuam, eficazmente, em programas de reabilitação
(REYNEKE, 1993; LABRUSCIANO, 1996; LATEY, 2001; STANKO, 2002; MUSCOLINO, 2004
a; SMITH, 2004). Contudo, a inexistência de padronização de protocolos e procedimentos de
avaliação, torna difícil, a interpretação dos resultados (POLLOCK, 1993).
Conforme Mcardlle (1998) e Barbanti (2003), a força muscular é uma valência física que
pode ser definida como a capacidade de exercer tensão muscular contra uma resistência que
ocorre por meio de diferentes ações musculares.
Para Dantas (2002) e Kraemer (2002) é a capacidade máxima que o músculo possui de
suportar uma sobrecarga, componente fundamental da saúde, aptidão física e melhora da
capacidade de vida.
O músculo estriado é um tecido dinâmico com grande capacidade de adaptação
produzida por ações de demanda funcional. Para Wilmore & Costill (2001) o exercício físico é
um potente indutor de adaptações neuromusculares.
O incremento da força muscular é produto de dois principais fatores: as adaptações
neurais e as musculares. As adaptações neurais (MORITANI, 1979; STARON, 1991;
DESCHENES, 2000, KRAEMER, 2002) são as principais responsáveis pelo ganho de força nas
primeiras semanas de treinamento, entre a sexta e a oitava semana. As adaptações
musculares (STARON, 2000; WILLIAMS, 2002) ocorrem de forma acentuada, mais
tardiamente, estando relacionadas, fundamentalmente, à ingesta alimentar e hipertrofia
muscular.
Sabe-se que o decréscimo da força muscular pode ter seu início, aproximadamente, a
partir dos vinte e cinco anos por diversos fatores, como: biológicos (idade, gênero, hormônios,
número e tipos de unidades motoras, tamanho e velocidade de contração muscular); grau de
atividade física e aspectos ambientais (SCHNEIDER, 2002; CANDELORO, 2007).
De acordo com Neri (2001), o processo de envelhecimento da mulher acarreta uma
crescente influência no que tange à saúde, funcionalidade, proteção e integração social.
O déficit muscular, para Aquino (2002) e Willians (2002), é a principal causa de
instabilidade articular, sendo de extrema importância o incremento muscular para integridade
articular, desempenho funcional e prevenção de patologias, inclusive, as respiratórias.
Description
p. 1-7.: tab. p&b.
Citation
CARVALHO, Cristiane Monteiro et al. Método pilates: um estudo sobre a influência dos exercícios na força muscular de mulheres. Fiep Bulletin, v. 80, Special Edition, art. II, p. 1-7, 2010.