Retalho Microcirúrgico Antebraquial: usos, vantagens e inconvenientes

Abstract

O objetivo geral do estudo realizado foi o de apresentar uma descrição dos usos, vantagens e desvantagens do retalho microcirúrgico antebraquial ou RMA em cirurgias de reconstrução. A microcirurgia, que é a técnica que utiliza o microscópio cirúrgico binocular ou lupas para auxiliar na manipulação e sutura de estruturas muito pequenas e delicadas, menores que 3 mm, como vasos e nervos. Na cirurgia plástica ela obteve um grande avanço na área reconstrutiva, sendo que, além da possibilidade de promover a reparação de feitos complexos, permite a reconstrução em um único estágio, fator que reduz o tempo de internação, além do gasto hospitalar e a morbidade de outros tempos cirúrgicos. O primeiro reimplante microcirúrgico em seres humanos, que teve sucesso foi realizado na América do Sul, a ocorreu no ano de 1972, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e foi o de uma mão. O RMA é um tipo de retalho cutâneo do antebraço, que também é conhecido como retalho chinês. O RMA vem sendo amplamente utilizado principalmente em reconstruções cervico-faciais e craniofaciais, para coberturas tegumentares no membro superior, principalmente nas mãos, e como transplante livre para qualquer região do corpo humano.As principais vantagens que apresentam podem ser descritas como seu grande território cutâneo, sua anatomia constante, com pedículos vasculares longos e calibrosos, o que facilita as anastomoses, sua versatilidade, além de permitir ao cirurgião muitas variações técnicas, não acarretar volumes excessivos, poder ser moldado para falhas complexas e até mesmo ser dobrado sobre si mesmo (folded flap), entre outras. Como desvantagem estaria o fato de se sacrificar uma artéria da mão, além de deixar também uma cicatriz notória. A metodologia adotada é a de uma pesquisa do tipo bibliográfica, baseada em dados no período de 2000 a 2018, utilizando-se, como critério de exclusão, textos em idioma diferente do Português.