Brazilian nurses’ sociodemographic changes in the first decade of the 21st century

Abstract

Objetivo: analisar condições de renda e trabalho dos enfermeiros no Brasil em 2000 e 2010. Método: a partir das amostras dos censos demográficos, foram descritas características socioeconômicas dos enfermeiros segundo rendimento e jornada de trabalho. Modelos estatísticos estimaram as chances (Odds Ratio) de os enfermeiros pertencerem ao grupo que, apesar de trabalhar mais de 40 horas, possuía rendimentos mais baixos. Resultados: no Brasil, a população de enfermeiros cresceu a uma velocidade de 12,5% ao ano. Nos dois períodos, aproximadamente 11,0% dos enfermeiros recebiam os menores rendimentos e trabalhavam mais de 40 horas semanais. As chances mais expressivas de pertencerem a esse grupo foram observadas para aqueles que residiam no interior das regiões Sul e Sudeste. Também foram mais elevadas para enfermeiros de cor ou raça preta e parda, que moravam com os pais. Conclusão e implicações para a prática: o expressivo aumento de enfermeiros ocorreu no contexto de redução das desigualdades socioeconômicas. As condições menos favoráveis de trabalho foram mais evidentes para os classificados pretos e pardos que moravam na casa dos pais. Argumentamos que os cenários descritos podem estar relacionados, dentre outros aspectos, à expansão de centros de formação universitária ao longo da primeira década do século XXI.

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23(1) 2019

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