Avaliação dos fatores de Risco do Hepatoblastoma e o Impacto no diagnóstico Precoce

Abstract

O Hepatoblastoma é um tumor maligno embrionário de fígado, que é extremamente raro e acomete mais frequentemente crianças menores de 5 anos de idade. Os estudos têm correlacionado algumas síndromes genéticas associadas ao Hepatoblastoma, como Colestase Intrahepatica Familiar Progressiva, Agenesia Renal ou Adrenal, Síndrome alcoólica Fetal, Prader Willi e Beckwith Wiedemann. No entanto, novas pesquisas apontam o muito baixo peso e a prematuridade como os principais fatores de risco para esse tumor. A incidência dos casos de Hepatoblastoma vem aumentando no mundo. Esse fato vem sendo cada vez mais relacionado a uma maior sobrevida em recém nascidos muito baixo peso (<1500g) e prematuros, que são expostos aos cuidados de terapia intensiva neonatal. No Brasil há pouco estudo avaliando os fatores de risco do Hepatoblastoma. O diagnóstico desse tumor depende principalmente do nível sérico da Alfafetoproteina, que ajuda também no seguimento, controle e prognóstico da doença. Dessa forma, os objetivos principais deste estudo são: 1) correlacionar muito baixo peso, prematuridade e exposição aos cuidados de terapia intensiva como principais fatores de risco para o hepatoblastoma; 2) publicar uma estimativa desses fatores de risco no Brasil, usando como base pacientes matriculados no Instituto Nacional do Câncer (INCA), num período de 20 anos; 3) Criar um protocolo de rastreamento de Hepatoblastoma em pacientes que tenham tais fatores de risco. O estudo será retrospectivo com revisão de prontuários médicos de trinta e oito pacientes matriculados no INCA, no período de janeiro de 1996 até dezembro de 2016, variando de 0 até 12 anos. As variáveis analisadas serão idade gestacional, peso ao nascimento, internação em unidades de terapia intensiva neonatais conforme segue em modelo de ficha anexa. Serão excluídos do estudo, prontuários que não contemplem estes dados.