Cuidados paliativos oncológicos: controle da dor
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INCA
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A Medicina paliativa, já reconhecida como especialidade em alguns países, visa a tratar pacientes com doença ativa e prognóstico reservado desviando o foco de suas atenções da cura para a qualidade de
vida.
A assistência a pacientes com câncer avançado, que não encontram resposta curativa com os tratamentos tradicionais, iniciou o caminho da especialização há cerca de 40 anos.
Historicamente o marco de transformação desta assistência se deu
na Inglaterra, quando a Drª Cecily Saunders, médica e uma das fundadoras do St. Christopher Hospice em 1967 passou a defender o cuidado a
estes pacientes como atribuição de equipe. Equipe que deveria se empenhar em aumentar a qualidade de vida restante de pacientes e familiares
que lutavam com uma doença mortal. Ao enfocar a diversidade das
necessidades destes pacientes, contemplar os benefícios da
multidisciplinaridade para o êxito dos objetivos e incluir os familiares na
problemática da doença avançada, Drª Cecily Saunders moldou o futuro
do que conhecemos hoje por Cuidados Paliativos. Os quais diferem da
Medicina Paliativa pela interdisciplinaridade.
Para a Organização Mundial da Saúde, Cuidado Paliativo é: “O
cuidado total e ativo de pacientes cuja doença não é mais responsiva ao
tratamento curativo. São da maior importância: o controle da dor e outros
sintomas, como também os psicológicos, espirituais e sociais” WHO
1990.
A magnitude dos termos “cuidado total e ativo” dão a exata dimensão da visão ideal sobre cuidados paliativos. Cuidado no sentido mais
amplo possível, considerando as necessidades destes pacientes em todos
os seus aspectos e ativo, no sentido do afastamento da passividade e
conformismo em direção a investimentos pelo aprimoramento e qualificação da assistência.
A ênfase na importância dos sintomas psicológicos, espirituais e
sociais amplia as responsabilidades desta assistência que deve atuar para
além do controle de sintomas físicos, priorizando o alívio do sofrimento
humano e considerando o impacto de suas ações segundo as considerações de qualidade de vida dos próprios pacientes.
A dor é uma das mais freqüentes razões de incapacidade e sofrimento para pacientes com câncer em progressão. Em algum momento
da evolução da doença, 80% dos pacientes experimentarão dor.
Atualmente, 70% dos tumores malignos na infância são curáveis.
No entanto, o maior medo enfrentado pelos pais é que sofram neste decurso. Devemos desenvolver e divulgar rotinas multidisciplinares para
assegurar que o alívio da dor é possível na maioria dos casos.
O adequado preparo da equipe é estratégia fundamental para o controle
da dor e sintomas prevalentes em pacientes com câncer avançado sob
cuidados paliativos.
É condição imprescindível que os profissionais de saúde saibam
como controlar a dor de pacientes com câncer avançado, que reajam
contra mitos e conceitos principalmente sobre as drogas disponíveis e
que se mantenham atualizados. Para tanto, aborda as possibilidades de
tratamento da dor adequado aos recursos disponíveis. Especialmente neste
momento em que o Ministério da Saúde, disponibiliza um arsenal suficiente de medicamentos, conforme demonstrado na última parte desta
publicação, facilitando às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde a
viabilização de condições para que se possa assistir adequadamente os
cidadãos brasileiros.
Description
124 p. : il. color.