Riscos relacionados à higienização doméstica dos uniformes de frentistas: avanços e incertezas
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Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. 2021;19(2):240-248
Abstract
A gasolina é o combustível mais utilizado no Brasil para veículos automotores e contém até 1% de benzeno em sua
composição. O benzeno é um solvente orgânico amplamente utilizado no mundo e causa danos à saúde, sendo classificado como
agente cancerígeno para seres humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Grupo 1). A sua presença na gasolina
expõe diariamente muitos trabalhadores de postos de revenda de combustíveis. As vias inalatória, oral e dérmica são as principais
para exposição e absorção do benzeno. A penetração e permanência do benzeno e outras substâncias químicas nos equipamentos
de proteção individual e uniformes dos funcionários que manipulam esses solventes podem aumentar os níveis de exposição desses
trabalhadores, além de trazer risco aos seus familiares, uma vez que os uniformes contaminados são levados para serem higienizados
em casa, contrariando o marco legislativo (Anexo 2 – Norma Regulamentadora nº 9). Sendo assim, o objetivo do presente trabalho
foi discutir a importância da troca periódica dos uniformes e da higienização dos uniformes dos frentistas dos postos de revenda
de combustíveis pelos empregadores como medida preventiva ao adoecimento do trabalhador e da sua família. Foi realizada uma
revisão narrativa, não tendo sido utilizados critérios sistemáticos para a busca dos artigos científicos nacionais e internacionais.
Após a leitura crítica, foi observada falta de dados consistentes sobre o tema. A higienização dos uniformes de frentistas deve ocorrer
fora do ambiente doméstico, a fim de proteger a saúde dos trabalhadores e dos seus familiares e evitar possíveis contaminações
cruzadas.