Indicadores de saúde em mulheres com câncer do endométrio do tipo I

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Introdução: O câncer de endométrio (CE) está entre os tumores femininos mais incidentes na população mundial e brasileira. Entre os principais fatores de risco destacam-se a obesidade, mais associada ao subtipo endometrióide, e comorbidades como Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), que podem afetar a qualidade de vida, sobrevida e prognóstico dessa população. Portanto, o conhecimento do perfil de saúde dessas mulheres pode ser estratégico para estimular mudanças no estilo de vida que impactem nesses desfechos. Objetivo: Avaliar o perfil de saúde de pacientes com câncer de endométrio do tipo I matriculadas no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, proveniente de uma coorte prospectiva na qual são elegíveispacientes com CE tipo I, com idade entre 20 e 69 anos, sem tratamento oncológico prévio, com proposta de tratamento cirúrgico. Foram coletados dados antropométricos, bioquímicos, de capacidade funcional, qualidade de vida e comportamento ativo na admissão hospitalar. Os dados foram apresentados em mediana (mínimo-máximo) para as variáveis contínuas e em proporções para as variáveis categóricas. A diferença entre proporções foi testada pelo Teste qui-quadrado de Pearson e as contínuas pelo teste T de student (dados paramétricos) ou Mann-Whitney (não-paramétricos). Para todas as análises, foi considerado significativo o p-valor < 0,05. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do INCA, sob protocolo número 1.563.774, em 29 de maio de 2016. Resultados: A população do estudo foi composta por 196 pacientes, em sua maioria idosas, com nível intermediário de escolaridade, baixa renda, não-tabagistas, com comorbidades, sendo a HAS a mais prevalente (63,3%). Aproximadamente 70% eram obesas (Índice de Massa Corporal ≥ 30kg/m2 ) e com elevada circunferência de cintura (≥88cm). A maior parte da população apresentava dislipidemia e 65,3% preenchia os critérios da síndrome metabólica, possuindo elevado risco cardiovascular. As pacientes idosas apresentaram menor desempenho nos testes de capacidade funcional em comparação às adultas. Apenas foi observada diferença no domínio dor na avaliação da qualidade de vida entre pacientes adultas e idosas. O nível de atividade física global (AFG) das pacientes foi homogêneo, com um maior percentual de pacientes com AFG moderada, embora com nível de AF de lazer nulo. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no primeiro e terceiro tercis do teste de caminhada de 6 minutos do nível de AF alto em relação ao nível de AF baixo e moderado (p<0,001). Observou-se, também, piores escores nas funções física (p<0,001) e geral (p = 0,001) entre as participantes com baixo nível de AF. Conclusão: A alta prevalência de obesidade e suas complicações, como a síndrome metabólica, na população estudada, e também o baixo nível de AF, principalmente de lazer, tiveram um importante impacto sobre a capacidade funcional e qualidade de vida na população estudada.

Description

116 p.: il. color.

Citation

CAMARA, Alex Oliveira da. Indicadores de saúde em mulheres com câncer do endométrio do tipo I. 2019. Dissertação (Mestrado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2019.

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