Consumo de Psicofármacos em uma Região Administrativa do Rio de Janeiro: A Ilha do Governador
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Cadernos de Saúde Pública
Abstract
Em 1988, um inquérito epidemiológico foi
realizado para se estimar a prevalência de
alcoolismo crônico e uso de álcool na
população da XX Região Administrativa da
cidade do Rio de Janeiro. O instrumento
incluiu perguntas sobre o consumo de
psicofármacos, café e cigarros. Este trabalho
analisa os dados referentes ao consumo de
psicofármacos nos 30 dias anteriores à
pesquisa. A amostra representativa da
população acima de 13 anos foi composta por 1.459 pessoas, Os resultados mostram uma
prevalência de consumo global de 5,2% (3,1%
para homens e 6,7% para mulheres). As
mulheres, as pessoas mais velhas
(especialmente pessoas entre 60 e 69 anos),
os separados e viúvos, e as pessoas de renda
mais baixa apresentaram prevalências mais
elevadas. Avaliou-se a associação de cada
variável demográfica através do cálculo de
odds ratio ajustado por regressão logística. Os
tranqüilizantes derivados dos
benzodiazepínicos predominaram entre os
tipos de psicofármacos referidos (85,23%),
seguidos pelos antiepilépticos (5,68%) e pelos
hipnóticos e sedativos (4,54%). Os clínicos
não-especializados em neurologia ou
psiquiatria lideraram as prescrições (65,8%).
Oitenta por cento dos medicamentos foram
obtidos na rede privada, enquanto 13,16%
foram adquiridos na farmácia pública, quase
todos mediante a apresentação do receituário
controlado. Os resultados são discutidos e
novas linhas de pesquisa são apontadas.