Tabagismo e escolaridade no Brasil, 2006
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Revista de Saúde Pública
Abstract
Analisar a prevalência de tabagismo e uso acumulado de cigarro
na vida e fatores associados.
MÉTODOS: Foram analisados dados referentes aos 54.369 indivíduos com
idade ≥18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL),
realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Foram calculadas
as prevalências de tabagismo estratifi cadas por escolaridade segundo sexo para
as cidades de cada região e as razões de prevalência brutas e ajustadas por
número de pessoas e de cômodos no domicílio. O consumo de cigarros na vida
(maços-ano) foi analisado segundo escolaridade e sexo por região.
RESULTADOS: No Brasil, a prevalência de tabagismo foi signifi cativamente
maior entre homens e mulheres com baixa escolaridade (até oito anos de
estudo = 24,2% e nove ou mais = 15,5%). Esta diferença diminuiu com a
idade ou se inverteu entre os mais idosos. Observou-se diminuição de risco
de ser fumante para a população de maior escolaridade, independentemente
do número de pessoas e de cômodos por domicílio. A prevalência de fumantes
com consumo intenso de cigarros foi maior entre os de escolaridade mais
baixa, principalmente entre mulheres da região Norte. A exceção foram os
homens da região Sul, onde esse percentual foi maior entre aqueles com
maior escolaridade.
CONCLUSÕES: Confi rmou-se haver maior concentração de fumantes na
população de menor escolaridade, principalmente entre homens mais jovens.
É necessário compreender melhor a dinâmica da epidemia de tabagismo para
adequar medidas preventivas específi cas para indivíduos conforme idade e
estrato social.