Rede Câncer 52

Abstract

O controle do câncer, da prevenção ao tratamento, envolve muitas questões delicadas, que vão do acesso ao cuidado integral. E tudo isso ganha dimensão nova quando se trata de garantir o direito à saúde oncológica à população LGBTQIA+. Por exemplo, pesquisa recente mostrou que o rastreamento dos tumores do colo do útero e de mama é bem menor nesse segmento do que entre heterossexuais. O porquê dessa realidade e o que estão fazendo profissionais de saúde e ativistas para melhorar esse quadro você descobre em Capa. Foi uma mudança de comportamento, mas, desta vez, para pior, apontada por especialistas como a causa do aumento da frequência de casos de câncer colorretal em pessoas abaixo dos 50 anos: dietas desequilibradas e ricas em alimentos ultraprocessados, tabagismo e obesidade têm contribuído para baixar a faixa etária de risco para essa doença, afetando desconhecidos e famosos como Simony, Preta Gil e Chadwick Boseman. Saiba como se prevenir e as formas de tratamento em Epidemiologia. Mudanças também vêm afetando positivamente as políticas de gestão em saúde. Os diversos órgãos públicos e da sociedade civil que lutam contra o tabagismo e seus efeitos econômicos e sociais devastadores comemoram o decreto presidencial que atualizou a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq), cujo funcionamento quase foi inviabilizado pelo governo federal anterior. Acolhida pela sociedade civil organizada, a Comissão teve sua retomada exigida desde o governo anterior. Conheça as conquistas da Conicq e sua importância para o Brasil e exemplo para o mundo em Política. Acolhimento, a propósito, é o principal mantra das práticas integrativas, como reiki, arteterapia e ioga, cada vez mais presentes no apoio a pacientes oncológicos. As evidências científicas do impacto positivo das práticas no auxílio ao paciente com câncer são abundantes, o que levou muitos hospitais oncológicos a terem esses serviços, como você poderá ler em Reabilitação. Já em Tecnologia, descobre-se que o grande volume de dados, o crescente poder de processamento dos computadores e o aumento da capacidade de armazenamento dos bancos de dados proporciona o uso do Big Data na pesquisa e na assistência oncológica, impulsionando a chamada “medicina de precisão”. O Big Data promete, ainda, revolucionar o ensino em Oncologia e incentivar a inovação, cujos riscos também precisam ser analisados. Aquilo que vai diariamente à mesa dos brasileiros também deve ser avaliado com mais rigor. A Agência Nacional de Pesquisa em Câncer incluiu o adoçante artificial aspartame na lista de produtos possivelmente cancerígenos. O INCA foi além: emitiu nota com a recomendação que não se faça uso de nenhum tipo de edulcorante sintético. O tamanho do desafio à saúde pública em traduzir os riscos à população por meio de mensagens claras que vão contra conceitos alimentares pré-estabelecidos e a publicidade da indústria de “produtos alimentícios” estão em Prevenção. Desafio é algo que não assusta a Personagem desta edição: ela descobriu um tumor no cérebro meses antes do casamento. Coach e programadora neurolinguística, cheia de planos e depois de quatro anos de relacionamento, decidiu desobrigar o noivo de seguir com o “fardo” que ela se tornara. Descubra a resposta dele e por que algumas cicatrizes, reais ou metafóricas, não devem ser escondidas. Boa leitura!