Da ruptura à criação: um estudo sobre as saídas inventivas de crianças e adolescentes diante do adoecimento e tratamento oncohematológicos

Abstract

O presente trabalho surgiu a partir do acompanhamento psicológico de crianças e adolescentes com câncer e seus familiares. Possui como temática as invenções que se tornam possíveis para pacientes infantojuvenis a partir da sustentação do laço transferencial ao longo de seu tratamento oncohematológico. Para isso foi realizado um estudo teórico clínico através de uma retomada histórica, assim como da articulação da teoria psicanalítica (Sigmund Freud e seus comentadores) com fragmentos clínicos oriundos do acompanhamento psicológico das crianças/adolescentes e seus pais. Tais invenções parecem ser a forma infantil de tratar e subjetivar o real de um tratamento bastante invasivo e que pode adquirir para o sujeito e seu entorno familiar dimensões traumáticas e mesmo devastadoras. Nosso trabalho, em seu curso, depara-se com novas invenções que surgem do lado dos pais e/ou responsáveis e também da equipe assistente em oncologia pediátrica. Cada um à sua maneira é convocado a lidar com o limite do saber estabelecido ou protocolar e às voltas com um real que requer a construção de um véu, ou novos recursos. Assim nos dão testemunho Antônio, Juliana, Luiz, Laura, Marcelo e Amanda, bem como seus pais e a alguns membros da equipe que serviram de referência nos casos deles. Sempre tendo por direção de trabalho dirigir-se àquele sujeito de forma singular, marcar o universal dos protocolos científicos com o particular do caso-a-caso e fazer mediações tando da díade paciente-família com a equipe mas também dentro ou entre equipes. Esta nos parece a direção de trabalho do analista no hospital oncológico infantil.

Description

58 f.

Citation

LANZETTA, Roberta Corrêa. Da ruptura à criação: um estudo sobre as saídas inventivas de crianças e adolescentes diante do adoecimento e tratamento oncohematológicos. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Multiprofissional em Psicologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2018.

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