Dispersão informacional e desinformação no Instituto Nacional de Câncer (INCA): como enfrentar esse problema?

Abstract

Atualmente, a sociedade vivencia os efeitos negativos do enorme quantitativo de informações dispersas, além da propagação das fakenews e do surgimento do fenômeno da desinformação que afetam a sociedade contemporânea. Tais fenômenos foram potencializados com disputas políticas e a pandemia da Covid-19, no campo da saúde. Contudo, a desinformação está relacionada com diversos aspectos da saúde pública, no caso desse trabalho abordaremos a questão da dispersão informacional e da desinformação sobre o câncer, no âmbito do Instituto Nacional de Câncer, instituição localizada na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. O estudo visa, a partir de uma revisão da literatura, buscar possíveis soluções para o enfrentamento e o combate à desinformação no Instituto. Para o cumprimento do objetivo geral, foram estabelecidos três objetivos específicos: a) identificar na literatura técnico-científica, nacional e internacional, propostas de soluções para o combate e para o enfrentamento à desinformação a partir de Redes ou Sistemas de Bibliotecas; b) mapear as possibilidades das soluções para o enfrentamento da desinformação na perspectiva de um sistema integrado de informações e ;c) melhorar o fluxo informacional do Núcleo de Sistema Integrado de Bibliotecas do Instituto. O estudo é uma pesquisa bibliográfica exploratória de abordagem qualitativa e quantitativa. O mapeamento foi realizado em cinco bases de dados: Pubmed, Cinahl, Eric, Lilacs e Brapci. Inicialmente, foram recuperados três mil quatrocentos e sete documentos, sendo elegíveis cinquenta e oito. Os documentos foram divididos em sete categorias: verificação de fatos; regulação e autorregulação de conteúdos, ações comunicativas, mídias sociais e/ou imprensa; algoritmos e usos de tecnologias; literacia midiática; desinformação na saúde e; combate à desinformação na área da Biblioteconomia e da Ciência da Informação. Preferencialmente, foram analisados trabalhos publicados entre 2019-2024. Após análise dos documentos, foi verificado que havia um texto que apresentava repositórios como forma de enfrentamento e combate à desinformação e serviu como suporte para a ação desenvolvida durante o transcorrer dessa tese. Como resultado final, será apresentado o Ninho, Repositório Institucional do Instituto Nacional de Câncer, como ferramenta para melhorar o fluxo informacional e tentar enfrentar à desinformação na organização.