Avaliação funcional de pacientes oncológicos pediátricos após alta da unidade de terapia intensiva
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INTRODUÇÃO: O Câncer infantojuvenil é a principal causa de morte por doença em
crianças e adolescentes. O tratamento multimodal tem aumentado a sobrevida,
porém está diretamente relacionado a potenciais complicações, como toxicidade e
efeitos colaterais a curto e longo prazo. Estas complicações podem levar à
necessidade de suporte de terapia intensiva, acarretando em perda muscular e
alteração da funcionalidade. OBJETIVO: Avaliar o impacto da internação na
funcionalidade de crianças e adolescentes após a alta da Unidade de Terapia
Intensiva Pediátrica (UTIP) oncológica. MÉTODO: Estudo prospectivo, longitudinal,
de coorte, desenvolvido no Setor de Pediatria do INCA/MS. Foram incluídos: idade
entre 0 e 18 anos; admissão por causa clínica ou cirúrgica na UTIP. Foram excluídos
os pacientes previamente dependentes de ventilação mecânica, pacientes que
permaneceram por menos de 24 horas na terapia intensiva, diagnósticos
posteriormente de tipo histológico benigno, reinternação na UTIP em menos de 15
dias e óbito durante a internação na UTIP. À admissão na UTIP, foram aplicadas as
escalas Lansky (menores de 16 anos), Karnofsky (maiores de 16 anos), Functional
Status Scale (FSS) pediátrica e MRC. Após a alta da UTIP, os pacientes foram
reavaliados com as mesmas ferramentas. RESULTADOS: 94 pacientes foram
incluídos no estudo, sendo 51.1% do sexo feminino e 30,9% eram adolescentes. A
permanência mediana na UTIP foi de 6 dias, sendo a principal causa de admissão o
pós-operatório (60,6%). 30,9% dos pacientes tinham diagnóstico de tumor de
Sistema Nervoso Central, e 28,7% dos pacientes já haviam sido submetidos a duas
modalidades de tratamento antes da internação. 25,5% foram submetidos à
ventilação mecânica invasiva (VMI), por tempo mediano de 9,5 dias. Na admissão,
63,9% dos pacientes apresentavam status funcional normal/bom. Após a alta, houve
redução na frequência de pacientes com status funcional normal/bom (40,4%) e
aumento na de pacientes com status funcional moderadamente prejudicado (36,2%).
No momento da admissão, 50% dos pacientes apresentavam força muscular normal
e, na alta, 52,1% apresentavam alguma alteração de força. Na análise multivariada,
as variáveis que apresentaram associação significativa com a alteração da
funcionalidade, avaliada pela Lansky/Karnofsky, foram: idade; uso de aminas; FSS e MRC. CONCLUSÃO: Os pacientes oncológicos pediátricos apresentaram piora da
funcionalidade após internação na UTIP e os riscos foram associados à idade, ao
uso de aminas e à redução da força muscular.
Description
34 p.: tab. p&b.
Citation
Gomes, Thamyres Vitória Francisco Da Silva Correia. Avaliação funcional de pacientes oncológicos pediátricos após alta da unidade de terapia intensiva. 2024. 34f. Monografia. (Residência Multiprofissional em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer. Rio de Janeiro, 2024.