Comparação entre as modalidades de tratamento do câncer de esôfago e da junção esofagogástrica no Instituto Nacional de Câncer - Brasil: um estudo observacional retrospectivo

Abstract

O carcinoma de esôfago (CE) e da junção esofagogástrica (JEG) são neoplasias altamente incidentes com elevada taxa de mortalidade. A ressecção cirúrgica com ou sem quimiorradioterapia (QRT) sempre foi o tratamento curativo padrão para pacientes com CE ou JEG. Uma nova modalidade de tratamento desenvolvida em 2012 sob a denominação de protocolo CROSS levou a ganhos substanciais na sobrevida destes pacientes. Contudo, não há dados referentes ao impacto das diversas modalidades de tratamento cirúrgico instituídas na nossa população. Assim, o objetivo do estudo foi analisar a sobrevida global (SG) conforme as categorias de tratamento: esofagectomia exclusiva, QRT neoadjuvante seguido de cirurgia (protocolo CROSS), ou QRT radical com esofagectomia de resgate. Dentre os 189 pacientes identificados no período de 26 anos, 63% apresentavam adenocarcinoma, mas após 2000 o carcinoma epidermóide passou a ser o subtipo histológico mais abordado, chegando a 56% dos casos nos últimos nove anos. A maioria dos pacientes (70%) submetidos à QRT radical apresentava evidência de doença neoplásica no último seguimento, enquanto apenas 22,6% dos pacientes que fizeram QRT neoadjuvante encontrava-se com evidência de doença. Contudo, o protocolo CROSS não é cumprido na instituição, tendo em vista o longo intervalo de tempo (média de 205 dias) entre a QRT e a cirurgia. Assim, não houve diferença na SG em dois anos entre os três tipos de tratamentos estudados.

Description

118 p.: il. color.

Citation

RIBEIRO, Luciana do Carmo Bueno. Comparação entre as modalidades de tratamento do câncer de esôfago e da junção esofagogástrica no Instituto Nacional de Câncer - Brasil: um estudo observacional retrospectivo. 2019. Dissertação (Mestrado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2019.

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