Tratamento Endoscópico de Deiscências de Anastomose Esofágica em Pacientes Oncológicos: Série de Casos
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Introdução: Deiscência de anastomose (DA) esofágica após esofagectomia ou
gastrectomia total é uma complicação pós-operatória grave e uma de suas
principais causas de morbidade e mortalidade. Intervenções endoscópicas vem
sendo utilizadas de maneira crescente em pacientes com DA, atualmente
constituindo a primeira linha de terapia.
Objetivos: Determinar a segurança e eficácia do tratamento endoscópico da DA
esofágica após a cirurgia para o câncer esofagogástrico e destacar as suas
melhorias recentes.
Metodologia: Coleta de dados retrospectivos de pacientes com deiscências de
anastomose esofágica após tratamento cirúrgico do câncer gastroesofágico que
foram submetidos a tratamento endoscópico no INCA no período de janeiro de
2016 a fevereiro de 2019. Os tratamentos endoscópicos incluíram: (1) passagem
de prótese metálica auto-expansível (PMAE) e (2) aplicação de terapia de
pressão negativa (TPN). Após a coleta e análise dos dados foi realizada uma
revisão da literatura para proporcionar uma comparação dos resultados obtidos.
Resultados: Ao todo, 9 pacientes com deiscência de anastomose esofágica
foram tratados com intervenção endoscópica. A idade média foi de 61 anos
(variação: 50-69 anos). Dos 9 pacientes, 7 realizaram tratamento neoadjuvante.
Sete cirurgias foram realizadas com intenção curativa e em dois casos foi
realizada ressecção R2. O diâmetro do orifício fistuloso variou desde 2mm até
deiscência completa (360°) com desabamento da anastomose. O intervalo entre
a identificação da deiscência e o tratamento endoscópico variou de 0 a 33 dias
(média de 10 dias). A passagem de PMAE foi realizada em 7 pacientes, sendo 5
parcialmente e 2 totalmente recobertas. TPN foi o método de escolha em 2
casos. Ao todo, o tratamento endoscópico foi bem sucedido em 7 pacientes
(77.8%), sendo 5 (71%) nos casos de PMAE e 2 (100%) nos casos de TPN.
Conclusão: DAs esofágicas após cirurgia de câncer de esôfago e estômago
podem ser, na maioria dos casos, manejadas com sucesso e segurança com a
terapia endoscópica. A TPN desponta como terapia inovadora, com resultados
muito promissores. Novas terapias endoscópicas demonstraram segurança e
estão constantemente criando evidências de eficácia em relação ao tratamento
cirúrgico.
Description
47 p.: il. color.
Citation
ANTONELLO, Giovanni de Marco. Tratamento Endoscópico de Deiscências de Anastomose Esofágica em Pacientes Oncológicos - Série de Casos. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Médica em Endoscopia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2019.