Avaliação do protocolo de cintilografia de tumores neuroendócrinos com metaiodobenzilguanidina 123I (MIBG 123I)

Abstract

Hodiernamente, o 131I é um radionuclídeo utilizado para realização de diversos tipos de cintilografias e que vem sendo substituído pelo 123I, pois o 131I acarreta em uma maior dose absorvida pelo paciente devido a sua meia vida física elevada e por depositar dose localmente por conta das emissões de partículas beta. Para a avaliação cintilográfica de tumores neuroendócrinos a metaiodobenzilguanidina pode ser marcado com 123I. Entretanto, o 123I apresenta algumas particularidades, como a emissão de raios X característicos de baixa energia, devido à captura eletrônica pelo núcleo, que dificulta na medida da atividade pelo medidor de atividade, além disso, emite uma intensidade significativa de radiação gama de alta energia, prejudicando a qualidade da imagem. Por este motivo, para este trabalho, foi realizada uma calibração no medidor de atividade com relação ao ¹²³I para garantir uma maior exatidão na atividade administrada ao paciente. Além disso, foi avaliado o protocolo de aquisição das imagens cintilográfias de tumores neuroendócrinos, tal avaliação foi concentrada na escolha do colimador usado para obtenção de imagem com o referido radionuclídeo observando questões operacionais e de radioproteção, por meio da análise de imagens obtidas com colimadores de baixa (low energy high resolution – LEHR) e média energia (medium energy general all purpose – MEGAP). Para avaliar a qualidade da imagem, foram realizadas medidas usando o simulador NEMA IEC Body Phantom Set com o radiofármaco metaiodobenzilguanidina 123I na gamacâmara Philips BrigthView XCT. Foi percebido que o colimador MEGAP, em comparação com o LEHR, tem a capacidade de eliminar com maior eficiência o ruído provocado na imagem em função dos fótons de alta energia no qual o 123I emite. Melhorando, com isso, a qualidade geral da imagem, diminuindo as chances de erros diagnósticos. É possível concluir, entretanto, que é plausível otimizar o protocolo de cintilografia de tumores neuroendócrinos com metaiodobenzilguanidina 123I, para garantir uma maior exatidão na atividade administrada ao paciente e uma imagem de qualidade diagnóstica.

Currently, 131I is a radionuclide used for conducting various types of scintigraphy and has been replaced by the 123I, since the 131I leads to greater patient absorbed dose due to its high physical half-life and dose deposit locally because of particulate beta emissions. For the scintigraphic evaluation of neuroendocrine tumors the ¹²³I can be labeled with metaiodobenzylguanidine. However, 123I has some peculiarities, such as the emission of characteristic X rays of lower energy due to electron capture by nucleus which hinders the activity measured in the activity meter, in addition, it emits a significant intensity of high-energy gamma radiation, damaging the image quality. Therefore, for this work, a calibration was performed in activity meter regarding ¹²³I to ensure greater accuracy in the activity administered to the patient. In addition, the acquisition protocol scintigraphy images of neuroendocrine tumors was evaluated, this evaluation was concentrated on the choice of collimator used for imaging and observing radiation protection issues, through the analysis of images obtained with low energy collimators (low energy high resolution - LEHR) and medium energy collimators (medium energy general all purpose - MEGAP). To assess the quality of the image, measures were performed using the NEMA IEC Body Phantom Set with metaiodobenzylguanidine 123I in the gamma camera Philips BrigthView XCT. We noticed that the collimator MEGAP compared with LEHR, has the ability to more efficiently remove the noise in the image as a function of the high energy photons which emits 123 I. Improving thereby the overall image quality, decreasing the chances of diagnostic errors. Is possible to conclude, however, that it is reasonable to optimize tumor scintigraphy protocol with neuroendocrine metaiodobenzylguanidine 123I, to ensure greater accuracy in the activity administered to the patient and a image with a great diagnostic quality.