Mudança na rotina do planejamento e tratamento de braquiterapia bidimensional para tridimensional no Instituto Nacional do Câncer

Abstract

Introdução: Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a neoplasia de endométrio é o sexto tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. No Brasil, estima-se que para o biênio 2018/2019 surgirão 6.600 casos novos desse tipo de câncer. Neste contexto, a radioterapia e a braquiterapia adjuvantes a cirurgia são o melhor tratamento curativo para as pacientes acometidas por esse tipo de câncer. A braquiterapia intracavitária permite administrar uma dose elevada na cúpula vaginal com excelentes taxas de controle local. A braquiterapia tridimensional objetiva oferecer este tratamento com menores doses nos órgãos de risco. Objetivo: Descrever a mudança na rotina do planejamento e tratamento de braquiterapia bidimensional para tridimensional, demonstrando todas as etapas do procedimento e a rotina do técnico em radioterapia. Metodologia: Observação dos procedimentos realizados no setor de braquiterapia do Instituto Nacional do Câncer. Desenvolvimento: A braquiterapia de alta taxa de dose (HDR), utiliza com maior frequência o radioisótopo Irídio-192, associada a uma tecnologia de pós carregamento remoto permitindo administrar tratamentos cada vez mais seguros, individualizados e conformados a medida que implementamos o planejamento conformacional, migrando da prescrição em um ponto para a prescrição sobre um volume além da melhor delimitação dos órgãos de risco e sua proteção. Conclusão: Os recentes avanços no planejamento dos tratamentos de braquiterapia ginecológica proporcionam um tratamento mais eficaz e com menores toxicidades para as pacientes. Dominar e difundir o conhecimento das etapas deste processo no meio técnico permite oferecer tratamento de qualidade a estas mulheres.