A continuidade da assistência ao paciente em tratamento oncológico com câncer de mama pelas Unidades de Atenção Primária à Saúde

Abstract

O manejo de Doenças Crônicas não Transmissíveis são Condições Sensíveis à Atenção Primária, entretanto frente ao diagnóstico e tratamento oncológico pode levar a exaltação da assistência terciária e abandono da continuidade do cuidado das comorbidades, exceto o câncer, pelas unidades básicas de saúde. Objetivo geral: Analisar a continuidade do cuidado pelas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro aos pacientes com câncer de mama tratados no INCA. Objetivos Específicos: Identificar fatores que influenciam na continuidade e descontinuidade do cuidado pela equipe da Atenção Primária à Saúde; Avaliar a percepção dos pacientes acerca da atuação da Atenção Primária à Saúde em doentes crônicos; Caracterizar o perfil sociodemográfico, epidemiológico, clínico, anátomo patológico e imunohistoquímico das pacientes diagnosticadas com câncer de mama na unidade do INCA III. Metodologia: Pesquisa de campo do tipo descritivo exploratório combinados, com abordagem quanti-qualitativa realizada em um hospital de referência em câncer de mama no Rio de Janeiro A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista gravada com roteiro semiestruturado e transcritas. A amostra foi de 17 participantes e a análise das respostas foram categorizados conforme Bardin Resultados: Três categorias emergiram da análise para atender aos objetivos propostos: “Caracterização do perfil sociodemográfico, epidemiológico, clínico, anatomopatológico e imunohistoquímico das pacientes diagnosticadas com câncer de mama na unidade do INCA III”; “Continuidade do cuidado pelas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro aos pacientes oncológicos”; e “A percepção dos pacientes acerca da atuação da Atenção Primária à Saúde em doentes crônicos”. Conclusão: Mulheres negras com baixa escolaridade são acometidas por tumores mais agressivos e diagnosticadas tardiamente. A continuidade do cuidado pelas unidades de APS para pessoas com comorbidades, além do câncer, ocorre, na visão desse público, devido ao vínculo e acolhimento ofertado pelos profissionais, ao acesso contínuo a medicamentos de forma direta ou indireta, porém é reduzida devido a não resolutividade das necessidades individuais dos usuários. Entretanto, as atividades relatadas pelos usuários ainda estão aquém do estipulado nos Cadernos de Atenção Básica. Além disso, a percepção da atuação das unidades de atenção primária à saúde atrela-se às tecnologias leves respondidas como fatores de continuidade e são também solicitadas como apoio e alívio durante o tratamento oncológico pelos usuários para as equipes de saúde