Racismo como determinante social da saúde: impactos do tabagismo na saúde da população negra

Abstract

Você já parou para refletir sobre como o racismo estrutural influencia diretamente os in- dicadores de saúde no Brasil? E como o taba- gismo, uma das principais causas evitáveis de morte, afeta desproporcionalmente a popula- ção negra? Este evento propõe um espaço de diálogo essencial sobre as intersecções entre racismo, saúde pública e o uso do tabaco, trazendo à tona dados, vivências e estratégias de enfren- tamento. Discutiremos como o racismo opera como um determinante social da saúde e como isso se manifesta nos altos índices de adoeci- mento e mortalidade relacionados ao tabagis- mo entre pessoas negras. Uma conversa urgente, necessária e, que não pode ser mais adiada. O Instituto Nacional de Câncer (INCA),por meio da Divisão de Controle do Tabagismo (DITAB), da Coordenação de Prevenção e Vigi- lância (Conprev), em parceria com a ACT Pro- moção da Saúde, convida para uma discussão fundamental sobre os efeitos do racismo estru- tural na saúde da população negra, com foco nos impactos do tabagismo como um dos principais fatores agravantes. A partir de uma perspectiva interseccional e baseada em evidências, foram debatidos ca- minhos para a redução das desigualdades e o fortalecimento de políticas públicas equitativas. Esta é uma oportunidade de ampliar o diálogo, promover a equidade em saúde e rea- firmar o compromisso com a justiça social. O primeiro painel, “Racismo e Iniquidades em Saúde”, abordou como o racismo es- trutural influencia os determinantes sociais da saúde, impactando o acesso aos serviços, a qualidade do cuidado e os desfechos em saúde da população negra. O segundo painel, “Tabagismo e a Saúde da População Negra”, discutiu como a indús- tria do tabaco historicamente atinge de forma desproporcional grupos vulnerabilizados e como os efeitos do tabagismo se somam às iniquidades já existentes, ampliando os riscos e os danos à saúde. Ao final de cada painel, foi aberto um espaço de interação com o público, que pôde enviar perguntas por meio de uma ficha online. Essa dinâmica contribuiu para um diálogo qualificado entre participantes e palestrantes, fortalecendo o compromisso coletivo com a equidade em saúde. A realização do evento reforça o compromisso do INCA e da ACT Promoção da Saúde com a promoção da equidade em saúde, o combate ao racismo estrutural e a defesa dos direitos humanos como princípios fundamentais para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), entre elas as associadas ao uso do tabaco. Ao reconhecer o racismo como um determinante social da saúde, o evento contribui para a consolidação de uma agenda pública que valoriza a justiça social, a participação social e o enfrentamento das desigualdades históricas que afetam a população negra no Brasil.