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Title: A solidão não apenas dos moribundos: O processo de encaminhamento a uma unidade de cuidados paliativos exclusivos.
Authors: Gomes, Rosilene Souza
Santa, Ana Luisa Walter
Keywords: Cuidados Paliativos
Atitude Frente a Morte
Comunicação em Saúde
Palliative Care
Attitude to Death
Health Communication
Issue Date: 2019
Citation: SANTA, Ana Luisa Walter. A solidão não apenas dos moribundos: o processo de encaminhamento a uma unidade de cuidados paliativos exclusivos. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Multiprofissional em Oncologia/Psicologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2019
Abstract: O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) possui cinco unidades assistenciais, dentre elas, o Hospital do Câncer IV (HCIV), voltado para os cuidados paliativos exclusivos. Isso significa que, quando o paciente recebe a notícia de que sua doença está avançada e não possui possibilidade de cura, deve ir para esta unidade a fim de continuar seu tratamento. Além de ser um momento de muita vulnerabilidade, o paciente deve lidar com a quebra de vínculo com a equipe da clínica de origem. O que observamos, portanto, é que o encaminhamento provoca angústia, medo e ansiedade no sujeito, que imagina estar indo para um morredouro, em que se acelera a morte. Entretanto, não é apenas o paciente que sofre, mas seus familiares e, frequentemente, o próprio profissional. Considera-se que, por tratar-se de incurabilidade, estamos falando também de morte, um tema que, por ser tabu, gera sofrimento e angústia, e o médico, responsável pela decisão e pela transferência, defronta-se com sentimentos de impotência e fracasso - seja porque precisa comunicar uma má notícia, seja por não conseguir curar o paciente. O profissional lida com a inexperiência e a falta de preparo para realizar a comunicação, assim como a dificuldade em conversar a respeito de seus próprios sentimentos com colegas da área - fatores que podem causar uma comunicação brusca e não acolhedora. Esse trabalho visa, portanto, discutir os desafios pertinentes à comunicação de más notícias no âmbito da mudança do tratamento curativo para o paliativo exclusivo, através de uma revisão bibliográfica. Conclui-se que é necessário criar espaços legitimados para trocas entre os profissionais - tanto de aspectos técnicos, quanto dos próprios sentimentos em relação à prática - para se pensar de modo coletivo. Conversar sobre a morte também deveria ser estimulado dentro dos hospitais, pois poderia provocar mudanças no tocante ao lidar com pacientes em estado grave. O fato de existir uma unidade específica para cuidados paliativos também gera questionamentos, mas é possível realizar pequenas mudanças com vistas a diminuir as ansiedades relativas ao encaminhamento, como através de uma conversa acolhedora e prévia com o paciente a respeito da unidade. Caso contrário, se o paciente só souber da existência do HCIV no momento em que descobre a incurabilidade de sua doença, a unidade continua sendo associada a morredouro.
The Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) has five care facilities and among them the Hospital do Câncer IV (HCIV), that is solely dedicated to palliative care. This means that when the patient receives the news that his illness is advanced and it is no longer curative he must go to this facility in order to continue his treatment. Besides of being in a moment of vulnerability the patient must also deal with a whole new health care team than the one he was familiarized with, from his previous clinic. What we observe, therefore, is that transferring the patient causes anguish, fear and anxiety in the patient, who perceives his transferring as a walk towards death, intended to accelerate his demise. However, it is not just the patient who suffers, but their own family and often the health care providers themselves. It is considered, due to its incurability, we are also addressing death, a topic that, by being a taboo, generates suffering and anguish, as the doctors who are responsible for the decision to transfer the patient are faced with feelings of impotence and failure - because they must break the bad news to the patient, as they cannot cure the patient’s illness. The health care agents deals with their own inexperience and a lack of preparation for communication, as a difficulty in talking about their own feelings with colleagues in the area - issues that may cause harsh and unwelcome communications. This work, therefore, discuss the challenges of breaking the bad news to patients under the scope of the changing from a curative treatment to a noncurative palliative treatment through a bibliographic review. It can be concluded that it is necessary to create legitimate spaces for professional exchanges - not only for the technical aspects, but for their own feelings in regard to the medical practise - as a new way to think in a collective way. Talkings related to death should also be stimulated inside hospitals, as they could cause changes about how to administer patient care to patients in critical conditions. The fact that a specific facility exists for non-curative palliative care raises a serie of issues, but it is possible to implement small changes so as to be able to lessen the anxieties related do the transfer of the patient, like supportive conversations with the patient about this facility. Otherwise, if the patient only discovers the existence of the HCIV at the moment he finds out about the incurability of his disease, the facility tends to be pictured by him as a death ward.
Description: 63 p.
URI: http://sr-vmlxaph03:8080/jspui/handle/123456789/2139
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