Analysis of Toxicity Related to the Carboplatin and Paclitaxel Protocol in Ovarian Cancer Patients

Abstract

Abstract: Patients with ovarian cancer are usually affected by toxicities that may impair the effectiveness of cancer treatment. The present study aimed to analyze the toxicities presented by patients with ovarian cancer treated with carboplatin and paclitaxel protocol, seeking to identify possible associated risk factors. The study was a retrospective cohort study involving women diagnosed with ovarian cancer, enrolled between 2015 and 2017 in a referral hospital in Brazil. Demographic, clinical, pharmacotherapeutic, toxicities presented during treatment and outcomes (dose reduction of chemotherapy, chemotherapy withdrawal and protocol change) were collected through medical records and medical records analysis. 105 patients were included in the study. Of these, 47% had some comorbidity, 71% were polymedicated, 2% were exposed to the drug interaction with the protocol studied, 73% presented toxicities, being 35% grade> 2. Alopecia and asthenia were the toxicities presented with a higher severity level and 55% had at least one of the outcomes studied, which impairs the effectiveness of treatment. There was no association between the outcomes and the occurrence of grade 2 toxicities. The study was able to identify the main toxicities that affected women with ovarian cancer treated at the institution and has the potential to assist health professionals in carrying out preventive measures related to the severity of the toxicities and to the outcomes that treatment with the protocol investigated may cause.

Resumo: Pacientes com câncer de ovário geralmente são acometidas por toxicidades que podem prejudicar a efetividade do tratamento oncológico. O presente trabalho teve como objetivo analisar as toxicidades apresentadas por pacientes com câncer de ovário tratadas com protocolo carboplatina e paclitaxel, buscando identificar possíveis fatores de risco associados. O estudo foi do tipo coorte, retrospectivo, envolvendo mulheres diagnosticadas com câncer de ovário, matriculadas entre 2015 e 2017 em um hospital oncológico de referência no Brasil. Por meio da análise de prontuários e receitas médicas, foram coletados dados demográficos, clínicos, farmacoterapêuticos, as toxicidades apresentadas durante o tratamento e os desfechos (redução de dose de quimioterapia, suspensão de quimioterapia e mudança de protocolo). Foram incluídas no estudo 105 pacientes. Destas, 47% apresentavam alguma comorbidade, 71% eram polimedicadas, 2% foram expostas à interação medicamentosa com o protocolo estudado, 73% apresentaram toxicidades, sendo 35% de grau > 2. Alopecia e astenia foram as toxicidades apresentadas com maior nível de gravidade e 55% tiveram pelo menos um dos desfechos estudados, que prejudicam a efetividade do tratamento. Não se observou associação entre os desfechos e a ocorrência de toxicidades grau > 2. O estudo foi capaz de identificar as principais toxicidades que acometeram mulheres com câncer de ovário tratadas na instituição, e tem potencial para auxiliar os profissionais da saúde na realização de medidas preventivas relacionadas à gravidade das toxicidades e aos desfechos que o tratamento com o protocolo investigado pode causar.