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dc.contributor.advisorHassan, Claudia Esther Alicia Rocio-
dc.contributor.advisorAbdelhay, Eliana Saul Furquim Werneck-
dc.contributor.advisorDelatorre, Edson Oliveira-
dc.contributor.authorAlves, Paula Daniela Souza-
dc.date.accessioned2022-07-20T11:22:06Z-
dc.date.available2022-07-20T11:22:06Z-
dc.date.issued2021-
dc.identifier.citationALVES, Paula Daniela Souza. Diversidade genética do vírus EPTEIN-BARR. 2021. Tese (Doutorado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2021.-
dc.identifier.urihttp://sr-vmlxaph03:8080/jspui/handle/123456789/9376-
dc.description140 p.: il. color.pt_BR
dc.description.abstractO vírus Epstein-Barr (EBV) é um ɣ-Herpesvírus transmitido pela saliva e que infecta assintomaticamente >90% da população adulta mundial. Entretanto, o EBV é associado etiologicamente ao desenvolvimento de linfoproliferações benignas e malignas. O EBV possui um genoma dsDNA com ~170kb e se divide em dois tipos principais com propriedades biológicas diferentes: EBV-1 e EBV-2. Os mecanismos carcinogênicos mediados pelo EBV não são compreendidos em sua totalidade, e postula-se que variantes oncogênicas virais podem atuar nesses mecanismos. A incidência dos cânceres associados ao EBV apresenta grande variação geográfica, podendo estar relacionada a fatores sociogeográficos, étnicos e genéticos, sendo importante diferenciar fatores virais restritos geograficamente daqueles associados a processos tumorigênicos específicos. Neste trabalho, caracterizamos a diversidade do EBV na população do Brasil (BR), com o intuito de entender seu papel no contexto da epidemia Sul-Americana. Foram analisadas 83 amostras EBV+, incluindo carreadores assintomáticos (CA, 54,2%) e patologias benignas e malignas (PB e PM respectivamente, 45,8%). A classificação através de assinaturas aminoacídicas da região codificante (cds), de LMP1 indicou a presença de cinco diferentes cepas, com uma prevalência de 40% Med/AG876/Daudi (Med), 39% Raji/Argentine (Raji), 6% B95-8, 6% China1/CAO e 1% China2. Análises evolutivas demonstram que 79% das amostras se agruparam em dois clados com alto suporte: 40% relacionadas à variante Med (aLRT=0.95) e 39% relacionadas à variante Raji (aLRT=0.92). De forma surpreendente, as sequências oriundas dos CA e PB agruparam-se majoritariamente (61%) no clado Med, enquanto sequências relacionadas às patologias malignas agruparam-se em sua maioria (66,7%) no clado Raji, p=0,041. Polimorfismos da LMP1 de importância oncogênica (I124L/I152L, ins15pb e del30pb) foram mais frequentes no clado Raji do que no clado Med (p<0,0001 para todos os polimorfismos). Além disso, foi observado uma frequência significativamente maior (p=0,02) de cepas tipo1/V3 com alto poder replicativo no clado Raji (p=0,02). Para colocar as novas sequências de LMP1 do EBV do BR em um contexto global, adicionamos 252 sequências do LMP1 disponíveis publicamente nas análises filogenéticas por máxima verossimilhança. As cepas brasileiras se agruparam com outras da América do Sul, caracterizando as linhagens Raji/Argentine (BR=35, Argentina (AR)=33; aLRT=1) e Med [BR=33, AR =11; aLRT=0.91] como as principais em circulação na América do Sul, reunindo 71,9% das sequências. Através de análises filogeográficas bayesianas, reconstruímos a dinâmica das migrações virais do clado Raji/Argentine, aqui redefinido como “South American”. A filogenia mostrou que a linhagem derivada de Raji circulante na América do Sul se originou através de uma introdução viral proveniente do continente Africano para o Brasil entre os séculos XVII e XIX, e que posteriormente se disseminou para outros países da região (AR e Peru) e para a Europa. Nossos resultados demonstram uma grande diversidade genética do EBV circulante no Brasil, além de apontar a existência da associação entre mutações no LMP1 presentes na variante Raji do BR com patologias malignas. O Brasil parece ter sido a origem e principal fonte de disseminação da variante Raji Sul-Americana derivada da cepa africana Raji. Em conjunto, esses dados destacam a grande diversidade genética do EBV, e a importância do monitoramento e avaliação das mutações no potencial patogênico das diferentes cepas.pt_BR
dc.language.isootherpt_BR
dc.subjectInfecções por Vírus Epstein-Barrpt_BR
dc.subjectEpstein-Barr Virus Infectionspt_BR
dc.subjectInfecciones por Virus de Epstein-Barrpt_BR
dc.subjectVariação Genéticapt_BR
dc.subjectGenetic Variationpt_BR
dc.subjectVariación Genéticapt_BR
dc.subjectRetroviridaept_BR
dc.subjectLinfomapt_BR
dc.subjectLymphomapt_BR
dc.titleDiversidade genética do vírus EPTEIN-BARRpt_BR
dc.TypeThesispt_BR
dcterms.abstractEpstein-Barr virus (EBV) is a saliva-borne ɣ-Herpesvirus that asymptomatically infects >90% of the world’s adult population. However, EBV is etiologically associated with development of benign and malignant lymphoproliferations. EBV own a dsDNA genome nearly 170kb and is divided into two main types with different biological properties: EBV-1 and EBV-2. EBV-mediated tumorigenic mechanisms are not fully understood, and it is postulated that viral oncogenic variants may act on these mechanisms. The incidence of EBV-associated cancers varies widely and may be related to sociogeographic, ethnic and genetic factors, thus, it is important to differentiate geographically restricted viral factors from those specific tumorigenic-associated processes. In this work, we characterize the diversity of EBV circulating in Brazil (BR), in order to understand its role in the context of the South American epidemic. Eighty-three EBV+ samples were analyzed, including asymptomatic carriers (AC, 54.2%) and benign and malignant pathologies (BP and MP respectively, 45.8%). Classification by amino acid signatures of the coding region (cdr) of LMP1 oncoprotein indicated the presence of five different strains, with a prevalence of 40% Med/AG876/Daudi (Med), 39% Raji/Argentine (Raji), 6% B95-8, 6% China1/CAO and 1% China2. Evolutionary analyzes demonstrate that 79% of the samples clustered into two clades with high support: 40% related to the variant Med (aLRT=0.95) and 39% related to the variant Raji (aLRT=0.92). Surprisingly, sequences from AC and BP were mostly grouped (61%) in the Med clade, while sequences related to MP were mostly grouped (66.7%) in the clade Raji, p=0.041. LMP1 polymorphisms of oncogenic importance (I124L/I152L, ins15bp and del30bp) were more frequent among Raji clade than Med clade (p<0.0001 for all polymorphisms). In addition, a significantly higher frequency of type1/V3 haplotypes, known to strongly increase lytic replication was observed in Raji clade (p=0.02). In order to place our Brazilian LMP1 sequences in a global context, we added 252 publicly available LMP1 sequences in the maximum likelihood phylogenetic analyses. The Brazilian strains were grouped with others from South America, characterizing the Raji/Argentine (BR=35, Argentina (AR)=33; aLRT=1) and Med [BR=33, AR =11; aLRT=0.91] strains as the main ones in circulation in South America, gathering 71.9% of the sequences. Through Bayesian phylogeographic analyses, we reconstruct the dynamics of viral migrations of the Raji/Argentine clade, here redefined as South American. The phylogeny showed that the Rajiderived strain circulating in South America originated through a viral introduction from the African continent to Brazil between the 17th and 19th centuries, and which later spread to other countries in the region (AR and Peru) and to the Europe. Our results demonstrate a great genetic diversity of EBV circulating in Brazil, in addition to pointing out the existence of an association between mutations in LMP1 present in the Raji variant of BR with malignant pathologies. Brazil seems to have been the origin and main source of dissemination of the South American Raji variant derived from the African Raji strain. Together, these data highlight the great genetic EBV diversity, and the importance of monitoring and evaluating mutations in the pathogenic potential of the different strains.-
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