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Title: As atribuições profissionais dos assistentes sociais na desospitalização: Uma nova tecnologia de ajustamento?
Authors: Monteiro, Márcia Valéria de Carvalho
Hora, Senir Santos da
Silva, Platini Boniek Sardou da
Keywords: Assistentes Sociais
Social Workers
Trabajadores Sociales
Issue Date: 2020
Citation: SILVA, Platini Boniek Sardou da. As atribuições profissionais dos assistentes sociais na desospitalização: uma nova tecnologia de ajustamento? 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Multiprofissional em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2020
Abstract: Neste Trabalho de Conclusão de Curso, busquei identificar como as atribuições profissionais dos assistentes sociais podem se expressar no âmbito da ― desospitalização. Contudo, antes importou identificar as principais concepções que, em algum grau, estão relacionadas à ― desospitalização. Para tanto, utilizei a revisão integrativa como técnica de pesquisa. Para a composição da fonte, trilhei pelo uso de artigos das bases de dados da área da saúde, cuja estratégia de busca utilizei alguns descritores indexados pelo DeCS-bvs, que auxiliou na busca nas bases Pubmed, Lilacs e Embase. Quanto à análise e tratamento dos dados, busquei ancorá-los no materialismo histórico-dialético. Considerando este referencial, dispus da seguinte hipótese diretriz: configuração da "desospitalização", no âmbito dos mecanismos de controle empregados pelo bloco no poder, enquanto momento dos processos racionalizadores de custos que tendem a transferir parcialmente responsabilidades da atenção terciária em saúde para os usuários e sua respectiva família, plasmada como resposta do bloco dominante para a crise do capital. A revisão possibilitou vislumbrar, originariamente, duas concepções de ― desospitalização: uma associada ao movimento antimanicomia e outra às diretivas do projeto neoliberal. Nesta última, verifiquei que só pode haver, na perspectiva aqui abordada, atribuições profissionais, haja vista sua determinação pelo projeto ético-político profissional em hegemonia, se matizadas por ações de resistência, conflagrando, do contrário, atividades atribuídas. Tais atividades, ao que a conjuntura e o contexto histórico indicam, tendem a implicar ações que podem encerrar determinados níveis de ajustamento dos trabalhadores usuários à realidade social de modo a contribuir com a sua adaptação à realidade econômica e sócio-histórica. Por fim, cheguei à conclusão de que a ― desospitalização implica num modelo de gerenciamento, que vem se refratando, no campo do SUS, como um movimento ideopolítico que se manifesta, fundamentalmente, no e pelo imaginário e práticas dos trabalhadores profissionais de saúde e na sociedade civil, que, em face das atuais determinações estruturais históricas, fomenta, em linhas gerais, a defesa do estabelecimento de certa cultura institucional de aceitabilidade política e de efetivação de práticas profissionais sistemáticas e manipulatórias, que tendem, por um lado, a transferir certas responsabilidades do Estado burguês pela reprodução social dos trabalhadores usuários, quanto às questões atinentes à saúde de nível terciário, para os próprios trabalhadores usuários e suas famílias, na medida em que traz consigo a perspectiva neoliberal de gerenciamento de leitos e de racionalização de custos na saúde pública, e, por outro lado, convoca o cooperacionismo dos trabalhadores para difundirem e implementarem este modelo, donde tende a ampliar a rotatividade de usuários e a intensificação do trabalho; tende a exponenciar a focalização perversa na atenção hospitalar; tende a ampliar as competências de escuta, de negociação, de manipulação de variáveis empíricas objetivas e subjetivas etc. Indubitavelmente, no mínimo, um cenário desfavorável para os trabalhadores usuários do SUS.
In this Course Completion Work, I sought to identify how the assignments professionals of social workers can express themselves within the scope of ―Dehospitalization‖. However, before it was important to identify the main conceptions that, to some degree, they are related to ―dehospitalization‖. For that, I used the review integrative research technique. For the composition of the source, I followed the use of articles from health databases, whose search strategy I used some descriptors indexed by DeCS-bvs, which aided the search in the Pubmed, Lilacs and Embase. As for the analysis and treatment of data, I sought to anchor them in materialism historical-dialectic. Considering this framework, I had the following guiding hypothesis: configuration of "dehospitalization", within the control mechanisms employed by the bloc in power, as a moment of the cost rationalizing processes that tend to partially shift responsibilities from tertiary health care to users and their respective family, shaped as a response from the dominant bloc to the capital crisis. The review made it possible to glimpse, originally, two conceptions of ―Dehospitalization‖: one associated with the anti-asylum movement and the other with the neoliberal project. In the latter, I verified that there can only be, in the perspective here addressed, professional assignments, in view of their determination for the ethicalprofessional political in hegemony, if tinted by actions of resistance, conflagrating, otherwise, assigned activities. Such activities, to the conjuncture and the context indicate, tend to imply actions that may end certain levels of adjustment of user workers to the social reality in order to contribute to the its adaptation to the economic and socio-historical reality. Finally, I came to the conclusion that ―dehospitalization‖ implies a management model, which has been SUS field, as an ideopolitical movement that manifests itself, fundamentally, in and by the imaginary and practices of health professional workers and in society civil society, which, in view of the current historical structural determinations, promotes, in general, the defense of the establishment of a certain institutional culture of acceptability policy and the implementation of systematic and manipulative professional practices, which tend, on the one hand, to transfer certain responsibilities from the bourgeois state to social reproduction of user workers, regarding issues related to the health of tertiary level, for the user workers themselves and their families, to the extent that that brings with it the neoliberal perspective of bed management and rationalization public health costs, and, on the other hand, calls for the cooperation of the workers to disseminate and implement this model, hence it tends to expand the user turnover and work intensification; tends to exponentiate the perverse focus on hospital care; tends to expand listening skills, negotiation, manipulation of objective and subjective empirical variables, etc. Undoubtedly, at least, an unfavorable scenario for worker users SUS.
Description: 116 p.: il. p&b.
URI: http://sr-vmlxaph03:8080/jspui/handle/123456789/9417
Appears in Collections:Trabalhos de Conclusão de Curso da Área de Ensino Multiprofissional

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