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Title: Ertapenem subcutâneo versus intravenoso para o tratamento de infecções urinárias em pacientes em cuidados paliativos oncológicos: um ensaio clínico randomizado, aberto, de não inferioridade
Authors: Martins, Ianick Souto
Rodrigues, Luciana de Oliveira Ramadas
Thuler, Luiz Claudio Santos
Bergmann, Anke
Lopes, Guilherme Santoro
Luiz, Ronir Raggio
Oliveira, Livia Costa de
Lamas, Cristiane da Cruz
Keywords: Ertapenem
Infecções Urinárias/tratamento farmacológico
Urinary Tract Infections/drug therapy
Infecciones Urinarias/tratamiento farmacológico
Cuidados Paliativos
Palliative Care
Ensaio Clínico Controlado Aleatório
Randomized Controlled Trial
Ensayo Clínico Controlado Aleatorio
Issue Date: 2022
Citation: RODRIGUES, Luciana de Oliveira Ramadas. Ertapenem subcutâneo versus intravenoso para o tratamento de infecções urinárias em pacientes em cuidados paliativos oncológicos: um ensaio clínico randomizado, aberto, de não inferioridade. 2022. Tese (Doutorado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2022.
Abstract: Introdução: os pacientes em cuidados paliativos oncológicos têm elevada suscetibilidade às infecções. É comum que cheguem a essa fase do seguimento sem as vias convencionais de hidratação e nutrição, necessitando de uma via alternativa para o suporte clínico. Poucos estudos avaliaram o uso da via subcutânea para a administração de antimicrobianos, sendo esses estudos majoritariamente observacionais e com objetivos farmacológicos. O objetivo foi comparar a cura microbiológica do ertapenem pela via intravenosa e pela via subcutânea para o tratamento das ITU (infecção do trato urinário). Método: ensaio clínico de não inferioridade, randomizado e aberto, realizado em pacientes em cuidados paliativos oncológicos internados no Hospital do Câncer IV do Instituto Nacional de Câncer, entre abril de 2017 e fevereiro de 2021. Pacientes adultos com ITU foram randomizados para receber ertapenem intravenoso ou subcutâneo. O limite de não inferioridade foi estabelecido em 10%. Resultados: o total de 29 pacientes foi recrutado e alocado nos dois subgrupos, sendo 13 no subgrupo controle ativo e 16 no subgrupo intervenção. Quatro perdas de seguimento foram registradas, com igual distribuição entre os subgrupos. As variáveis demográficas e clínicas foram similares entre os grupos de comparação. O sexo mais frequente foi o feminino (69%) e a mediana de idade foi 55 anos. Dentre os 29 pacientes, 17% apresentavam diabetes mellitus; 62% usavam corticosteroide no início do tratamento; 52% tiveram ITU nos últimos três meses; 48% tinham algum dispositivo invasivo no trato urinário ao início do tratamento; 45% apresentavam PaPScore A; e 90% tinham KPS menor ou igual a 40%. A maioria dos pacientes (76%) incluídos apresentaram infecção baixa e 72% infecção complicada. Escherichia coli foi a bactéria mais frequentemente detectada em ambos os subgrupos. As análises uni e multivariada não demonstraram fatores determinantes para a cura microbiológica. A cura microbiológica foi 85% e 100% no subgrupo controle ativo e 81% e 93% no subgrupo intervenção, com diferença de risco de -3,4% (-30,8-24,0) e -7,1% (-20,6-6,3) nas avaliações intenção de tratamento e protocolar, respectivamente. Os eventos adversos foram mais comuns no subgrupo intervenção. Entretanto, não foram observados efeitos adversos locais graves relacionados à infusão do antibiótico em ambos os subgrupos, sendo a ardência a queixa mais comum. Conclusão: apesar da taxa de recrutamento abaixo do inicialmente calculado, foi observada uma elevada taxa de cura microbiológica entre os pacientes que usaram o ertapenem pela via subcutânea, sugerindo eficácia dessa via para o tratamento das ITU em pacientes em cuidados paliativos oncológicos. A tolerabilidade local apresentada também confirma a possibilidade dessa via alternativa para o uso de ertapenem.
Description: 116 p.: il. color e p&b.
URI: https://ninho.inca.gov.br/jspui/handle/123456789/12276
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