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Title: Prevalência e fatores associados ao atraso na desocupação do leito hospitalar após alta médica no Hospital do Câncer I no Instituto Nacional de Câncer
Authors: Almeida, Liz Maria de
Gonçalves, Adriana Batista do Nascimento
Santos, Antonio Tadeu Cheriff dos
Martins, Luís Felipe Leite
Keywords: Ocupação de Leitos
Bed Occupancy
Ocupación de Camas
Leitos
Beds
Lechos
Hospitais
Hospitals
Hospitales
Alta do Paciente
Patient Discharge
Alta del Paciente
Issue Date: 2023
Citation: GONÇALVES, Adriana Batista do Nascimento. Prevalência e fatores associados ao atraso na desocupação do leito hospitalar após alta médica no Hospital do Câncer I do Instituto Nacional de Câncer. Dissertação. (Mestrado Profissional em Saúde Coletiva e Controle de Câncer) — Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, 2023.
Abstract: Introdução: O leito hospitalar é um recurso cada dia mais escasso e valorizado frente à necessidade atual. O Hospital de Câncer I (HCI/INCA), enfrenta, diariamente, uma demanda por leitos superior à sua capacidade instalada, o que gera fila de espera, atrasos na internação e no início dos tratamentos oncológicos. O atraso na saída dos pacientes de seus leitos após a alta hospitalar, agrava ainda mais este quadro. Objetivos: 1) Conhecer a prevalência e os fatores associados ao atraso na saída dos pacientes dos leitos após a alta hospitalar nas Sessões de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e de Oncologia Clínica do HCI/INCA no período de abril a setembro de 2022. 2) Conhecer a compreeensão dos profissionais envolvidos no cuidado desses pacientes sobre o processo de alta e sobre o atraso na saída do leito e suas sugestões para reduzi- los ou mitiga-los. Metodologia: O desenho do estudo compreendeu duas etapas: Etapa quantitativa: estudo observacional transversal de base hospitalar com o objetivo de estimar a prevalência do atraso na saída do paciente do leito após a alta hospitalar, por um período igual ou superior a 24 horas e os fatores epidemiológicos e clínicos associados ao atraso. Os dados dos pacientes foram obtidos nos sistemas internos de informação da unidade e nos prontuários médicos. Foram estimadas as prevalências do atraso e a razão de prevalência para variáveis selecionadas. Etapa qualitativa: estudo exploratório, descritivo, que utilizou entrevistas face-a- face com médicos, enfermeiros e assistentes sociais para a coleta das informações e a técnica da análise temática para tratamento dos dados qualitativos. Resultados: A população de estudo (571) foi composta pelos pacientes internados nas enfermarias do HCI oriundos das Seções de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (324) e de Oncologia Clínica (247) a partir de 01/04/2022 e que tiveram alta hospitalar até 30/09/2022, que não foram a óbito ou transferidos para outras unidades hospitalares. A prevalência do atraso na saída do paciente após a alta hospitalar foi de 18% para o conjunto de internações, mas variou entre as clínicas: 23,3% entre os pacientes da Cirurgia de Cabeça e Pescoço e 11,3% entre os pacientes da Oncologia Clínica. Os fatores associados a esse atraso na análise multivariada foram a região de moradia do paciente (fora da capital do RJ) e a clínica responsável pela internação. A razão de prevalência do atraso foi cerca de duas vezes maior em pacientes internados na Seção de Cirurgia de Cabeça e Pescoço em relação à Seção de Oncologia Clinica (1,84; IC: 1,22-2,77). Quanto maior foi a distância da região de moradia do paciente do hospital maior foi a razão de prevalência de atraso, quando comparada com a prevalência dos residentes no município do Rio de Janeiro (Região Metropolitana sem a capital: 1,76; IC: 1,08-2,88). Foram realizadas 10 entrevistas com médicos, enfermeiros e assistentes sociais. Os três temas que emergiram da análise qualitativa foram: Compreensão do processo de alta; Motivos que interferem na alta hospitalar e Ajustes necessários no processo de alta hospitalar. As entrevistas revelaram o desconhecimento da Norma de Internação e Alta da unidade, a falta de intercâmbio de informações entre os membros das equipes multidisciplinares e a insuficiência de orientações fornecidas aos pacientes e cuidadores/familiares no momento da saída. Além da insuficiência de rede de apoio e de unidades para pacientes que necessitam de cuidados hospitalares de longa permanência, o que revela falhas nas políticas públicas de saúde e sociais. Conclusão: Cerca de um em cada cinco pacientes saiu do leito com atraso de, pelo menos, um dia após a alta hospitalar e esse atraso, no período de seis meses, representou 146 dias de ocupação de leitos não devida a motivos clínicos. A maior distância da região de moradia em relação ao hospital associada ao atraso representa um conjunto de fatores que envolvem desde a avaliação da vulnerabilidade do paciente no momento da admissão até o planejamento de um conjunto de ações que devem realizadas pela equipe multidisciplinar junto com pacientes e cuidadores/familiares desde a internação até o momento da alta. Esses resultados podem subsidiar o aprimoramento do processo de desospitalização dos pacientes na unidade e na instituição.
Description: 105 f.: il. color,
URI: https://ninho.inca.gov.br/jspui/handle/123456789/17482
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