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Title: Cigarro eletrônico: representações sociais entre os seus consumidores
Authors: Almeida, Liz Maria de
Cavalcante, Tânia Maria
Barbosa, Regina Helena Simões
Maia, Raquel Ciuvalschi
Couto, Wilson Borges
Suarez, Maribel Carvalho
Bastos, Francisco Inacio Pinkusfeld Monteiro
Abdelhay, Eliana Saul Furquim Werneck
Soares, Marcelo Alves
Keywords: Sistemas Eletrônicos de Liberação de Nicotina
Electronic Nicotine Delivery Systems
Sistemas Electrónicos de Liberación de Nicotina
Tabagismo
Tobacco Use Disorder
Tabaquismo
Nicotina
Nicotine
Redução do Dano
Harm Reduction
Reducción del Daño
Issue Date: 2018
Citation: CAVALCANTE, Tânia Maria. Cigarro eletrônico: representações sociais entre os seus consumidores. 2018. Tese (Doutorado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2018.
Abstract: Cigarros eletrônicos (CE) são dispositivos com bateria que aquecem um líquido contendo nicotina e solventes para produzir o vapor inalado pelos usuários. Não geram alcatrão nem monóxido de carbono e as propagandas os promovem como alternativas seguras ao cigarro convencional (CC) e como ajuda para deixar de fumar. A premissa de que as pessoas fumam pela nicotina, mas morrem pelo alcatrão do CC reacendeu debates sobre redução de danos em tabagismo por meio da substituição do CC por produtos de tabaco não comburentes. Apesar de não ser inócuo, do conhecimento limitado sobre seus efeitos no longo prazo e do seu potencial para estimular jovens a começarem a fumar, cresce no mundo a discussão sobre o uso do CE para redução de danos à saúde. Alguns países liberaram o seu comércio, enquanto outros impuseram medidas restritivas. No Brasil, desde 2009, o ambiente regulatório funciona como uma proibição ao seu comércio, mas pesquisas apontam para o uso crescente do produto em algumas cidades brasileiras. Com objetivo de compreender as motivações e experiências com o uso de CE, foi realizada pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Entrevistamos dez usuários ou ex- usuários de CE, residentes no Rio de Janeiro, todos fumantes ou ex-fumantes de CC. As Representações Sociais (RS) hegemônicas motivadoras do uso foram: o CE oferece menor risco do que o CC; o CE como uma ajuda para deixar de fumar e poder ser usado sem incomodar terceiros. Ancoradas na rede de significados sobre seu próprio tabagismo, essas RS coincidem com as mensagens do mercado para tornar o CE um produto familiar nesse grupo social. A Internet, viagens internacionais e pessoas próximas dos entrevistados, preocupadas com o seu tabagismo, foram os principais meios de conhecimento e aquisição do CE. Os entrevistados manifestaram preocupações com origem e qualidade dos produtos. Algumas experiências na substituição do CC por CE foram bem-sucedidas, enquanto outras, não. Barreiras no acesso ao produto dificultaram o uso regular, levando à recaída no uso de CC. O uso dual (CC e CE, simultaneamente) se mostrou associado à preocupação em poupar estoques de CE adquiridos fora do país. A obtenção de suporte de fórum virtual de vapers, para aprender a usar CE, sugere que usuários brasileiros estão entrando na ―cultura vaping‖ global, impulsionada por redes sociais que facilitam troca de experiências e apoio mútuo nesse consumo. Esses achados podem subsidiar futuras pesquisas sobre o tema, assim como abordagens da política nacional de controle do tabaco, especialmente nas suas medidas de comunicação, cessação de fumar e regulamentação de produtos de tabaco.
Description: 364 p.: il. color.
URI: https://ninho.inca.gov.br/jspui/handle/123456789/12319
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