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https://ninho.inca.gov.br/jspui/handle/123456789/12427
Title: | Análise de alterações epigenéticas em trabalhadores de postos de combustíveis expostos ao benzeno no município do Rio de Janeiro. |
Other Titles: | Analysis of epigenetic changes in fuel station workers exposed to benzene in the city of Rio de Janeiro. |
Authors: | Lima, Sheila Coelho Soares Silva, Paula Vieira Baptista da Mello, Marcia Sarpa de Campos Oliveira, Maria do Socorro Pombo de Paumgartten, Francisco José Roma Silveira, Henrique César Santejo Cancela, Marianna de Camargo Bonamino, Martín Hernán |
Keywords: | Epigenômica Epigenomics Epigenómica Metilação de DNA DNA Methylation Metilación de ADN Benzeno Benzene Benceno Exposição Ocupacional Occupational Exposure Exposición Profesional Posto de Combustível Filling Station Gasolineras |
Issue Date: | 2020 |
Citation: | SILVA, Paula Vieira Baptista da. Análise de alterações epigenéticas em trabalhadores de postos de combustíveis expostos ao benzeno no município do Rio de Janeiro. 2020. Dissertação (Mestrado em Oncologia) - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2020. |
Abstract: | Introdução: O benzeno é um hidrocarboneto policíclico aromático reconhecido pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como carcinogênico para humanos (grupo 1A) devido à sua toxicidade ao sistema hematopoiético. Por estar presente em elevadas concentrações na gasolina (1% v/v), expõe milhares de pessoas que trabalham ou transitam pelos postos de combustíveis aos seus potenciais efeitos carcinogênicos. Portanto, conhecer e compreender a ação e interação da substância no organismo é fundamental para a prevenção de danos decorrentes da exposição ao benzeno e, consequentemente, prevenir o desenvolvimento de doenças como o câncer. Materiais e Métodos: Este foi um estudo de delineamento transversal realizado entre os anos 2014 a 2016 com trabalhadores de postos de revenda de combustíveis (Centro e Zona Sul). Com dois grupos de estudo de trabalhadores expostos ocupacionalmente ao benzeno: Grupo 1 – exposição apenas por via inalatória e Grupo 2 – exposição por via inalatória e dérmica. Também foi formado um grupo de comparação toxicológica com trabalhadores sem exposição ocupacional ao benzeno. Todos maiores de 18 anos com prévia autorização por assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As informações socioeconômicas e clínicas foram coletadas por meio da aplicação de questionários e foi realizada coleta de urina para a avaliação do biomarcador de exposição (ácido trans,trans-mucônico – AttM) e de sangue para análises de genotoxicidade (ensaio cometa) e das alterações epigenéticas. O perfil de metilação dos elementos transponíveis (LINE-1 e Alu) e de genes de reparo MGMT, PARP-1 e MSH3 foi avaliado por pirossequenciamento. Resultados: O estudo contou com a participação de 217 indivíduos, sendo 69 não expostos, 74 do grupo 1 e 74 do grupo 2. No grupo exposto, a maioria eram homens, não brancos, com baixa escolaridade e renda familiar de até três salários mínimos. Neste grupo, a maioria eram trabalhadores de loja de conveniência (grupo 1) e frentistas (grupo 2). No grupo exposto, 16,9% apresentaram um nível de AttM na urina maior que 0,5 mg/g de creatinina, ou seja, níveis acima do limite estabelecido pela legislação brasileira. O grupo exposto apresentou também maiores níveis de dano genotóxico comparado ao não exposto. Porém, estes níveis não foram correlacionados com a concentração de AttM na urina dos mesmos indivíduos. Os níveis de metilação de LINE-1 foram maiores no grupo 2 em comparação ao grupo 1 e não exposto. Por outro lado, Alu foi encontrado hipometilado nos grupos expostos em comparação ao grupo não exposto, sendo essa redução mais pronunciada no grupo 1. Em relação aos genes de reparo, a região promotora de MGMT foi encontrada hipometilada no grupo 2 em comparação aos outros grupos. Menores níveis de metilação de MGMT também foram encontrados nos indivíduos expostos ao benzeno com danos genotóxicos em comparação aos indivíduos sem danos. PARP-1 e MSH3 foram encontrados mais metilados no grupo 1 em comparação a indivíduos não expostos ou grupo 2. Conclusão: O AttM urinário não foi capaz de predizer os efeitos genotóxicos ou alterações hematológicas, sugerindo que este não seja um bom biomarcador de efeitos deletérios do benzeno. Além disso, a exposição ocupacional ao benzeno foi capaz de afetar os níveis globais de metilação e de genes de reparo o que, em alguns casos, foi dependente da via de exposição (inalatória ou inalatória e dérmica). Assim, nosso trabalho sugere que o benzeno pode atuar também por mecanismos não genotóxicos. Uma vez que as alterações epigenéticas são precoces, sensíveis ao ambiente e reversíveis, elas podem representar um importante mecanismo de biomonitoramento e prevenção dos danos causados pela exposição ocupacional ao benzeno. |
Description: | 163 p.: il. color. |
URI: | https://ninho.inca.gov.br/jspui/handle/123456789/12427 |
Appears in Collections: | Dissertações Defendidas no INCA |
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